segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

A VERDADEIRA RIQUEZA ..

Não ajunteis tesouros na Terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde ladrões minam e roubam. Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam, nem roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.” (Mateus 6.19 a 21) “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as saídas da vida.” (Provérbios 4.23)
“E vendo Jesus os pensamentos deles disse: por que pensais coisas más em vossos corações?” (Mateus 9.4)
Você percebeu que o nosso modo de vida se estabelece primeiramente em nossa mente (coração), e que o Senhor nos aconselha a estarmos atentos para não colocarmos o nosso apego, a nossa atenção no tesouro errado, e a olharmos para além do que se pode ver? Tudo o que até aqui trouxemos têm o objetivo de nos levar a uma reflexão, à analisarmos racionalmente o que realmente tem valor eterno e como devemos proceder na nossa curta passagem terrena, para encontrarmos o verdadeiro caminho da vida, único reduto no qual habita a autêntica paz e a felicidade, e onde podemos gozar da doce presença do Senhor. É apropriado perguntarmos a nós mesmos: - alma, no que tens gastado o teu tempo e os teus recursos?
“Porque em que é beneficiada uma pessoa ganhando o mundo inteiro, mas perdendo-se a si mesma ou colocando-se em perigo? (Lucas 9.25)
“Há caminho que parece direito ao ser humano, mas o seu fim são os caminhos de morte.” (Provérbios 14.12)
Para o sábio, o caminho da vida é para cima, para que ele se desvie do inferno que está embaixo.” (Provérbios 15.24)
“Disse Jesus: Eu sou o caminho e a verdade e a vida;...” (João 14.6)
Hebreus 12.2 nos convida a olharmos para Jesus. Em João 18.37 o Senhor Jesus nos diz: “...Eu para isto nasci e para isto vim ao mundo, para que testemunhe da verdade;...”
Qual seria então “essa verdade”, em cujo caminhar se encontra a vida?
O ser humano perdeu o caminho da vida quando, dando ouvidos ao maligno, mergulhou nos cinco sentidos (na ilusão do que é visível e palpável) ficando a mercê de sentimentos e paixões, deixando o caminho da razão, do Espírito, que é o próprio Deus. (Gênesis 3.1 a 6)
O Senhor Jesus vem então resgatar o ser humano da escravidão em que se encontra: “... e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.” (João 8.32).
Ao olharmos para Jesus vemos “O Mestre” nos chamando à uma vida simples e digna, destituída de “pré-ocupações”, de correrias, de luxúrias, de vaidades, de consumismos, de paixões, de medos, de excessos, de libertinagens, de vícios, de busca por muitos conhecimentos terrenos.
A carta magna de seus ensinos está contida no conhecido “sermão do monte” (Mateus 5, 6 e 7). Quem por ali transitar, encontrará instruções como estas:
“Por isso, vos digo: não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; Nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais que o mantimento, e o corpo, mais que a vestimenta?
Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?
E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura?
E, quanto ao vestuário, porque andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham, nem fiam.
E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles.
Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançado no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pequena fé?
Não andeis, pois, inquietos (ansiosos), dizendo: que comeremos ou que beberemos ou com que nos vestiremos?
Decerto, vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas;
Mas busquem primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.
Não vos inquieteis (ficais ansiosos), pois  pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o “seu mal.” (Mateus 6.25 a 34)
Não são muitas as instruções, três capítulos apenas, mas se colocadas em prática nos transformarão completamente. Não esqueçamos que só será possível se negarmos a nós mesmos.
Se fizermos uma auto-análise de nossa vida, logo percebemos que os nossos tropeços no passado aconteceram causados pelo nosso egoísmo, que é na realidade o grande pecado do ser humano. Ao procurarmos cuidar somente de nossos interesses caímos no vazio da alma, do eu, porque a felicidade está em servir e não em ser servido. O egoísmo é gerado no desejo de possuir, e quem possuiu algo, só é possuidor se esse algo tiver massa/corpo, portanto tangível (matéria). Veja que o problema não reside no possuir e sim em ser possuído por alguma coisa ou alguém que não seja o Senhor.
O Senhor nos alerta a sermos como peregrinos e forasteiros na nossa passagem terrena. Nós não somos “terráqueos” e sim “celestes”.
Aqui somos estrangeiros e logo estaremos de partida à nossa pátria. Aquele que for encontrado, no momento da partida, enredado nos negócios deste mundo não passará pela “porta”, e lembre-se, é estreita (Mateus 7.13). É claro que você não levará nada material com você: “Como saiu do ventre de sua mãe, assim nu voltará, indo-se como veio; e do seu trabalho nada poderá levar consigo.” (Eclesiastes 5.15) O fato é que a medida que você se cumula de bens (coisas/pessoas) lhe será exigido grande volume de recursos para consegui-los e para mantê-los. O primeiro sintoma mórbido será a necessidade de trabalhar muito. Se seguirão a este as preocupações, os medos entre outros que fatalmente aparecerão. Você acabará “cego” e “surdo” espiritual e perderá o contato com o Senhor.
A sabedoria está em simplificar ao máximo o viver, buscando somente o essencial para uma vida digna. É exatamente aí que encontramos “a verdade” que o Senhor Jesus veio nos trazer. Os seus ensinos são a única realidade. Nos libertam do “ter” e nos transportam para o “ser”. Sua doutrina gera “vida” no “espírito” (João 6.63 b).
A comunhão com Deus só é possível “no espírito”, “e o Pai aos tais procura” (João 4.23). A verdadeira riqueza mostra-se então intangível e invisível: “Não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais (passageiras), e as que se não vêem são eternas” (2 Coríntios 4.18).
Sobre os tesouros terrenos já trouxemos inúmeras considerações. Qual será então... o tesouro celeste, que pelo qual devo gastar minhas energias e meu tempo?
A resposta à pergunta acima encontra-se no final das escrituras, em Apocalipse 14.13: “...Bem aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os acompanharão.” Ao agirmos em obediência aos preceitos do Senhor Jesus (andando na verdade, em honestidade, lealdade, fidelidade, não julgando, perdoando, usando de misericórdia, sendo justos, sendo pobres pelo Espírito, mansos, puros de mente/coração, não resistindo ao malvado, sendo bondosos e bons, amando/respeitando os inimigos, orando por nós e pelo próximo, sendo doadores com voluntariedade, negando-nos a nós mesmos, vivendo vida simples, confiando tanto em Deus a ponto de não andarmos ansiosos, medrosos, guardando e promovendo a paz, servindo ao invés de sermos servidos, enfim, gerando discípulos para “o Mestre”) então estaremos produzindo boas obras, segundo o padrão de Deus, e é este o nosso passaporte para o céu.
Então meu Irmão em Cristo Jesus, devemos seguir a carreira que nos está proposta conforme está mencionado em Romanos 12:2: “E não vos conformeis (na forma/ no modo) com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”, a gloriosa riqueza que todo ser humano deve almejar.

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