terça-feira, 19 de março de 2013

BATISMO; DAS ÁGUAS OU DO ESPìRITO SANTO ?

E, naqueles dias, apareceu João Batista pregando no deserto da Judéia, dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos Céus.
Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele. Mas João opunha-se-lhe, dizendo: Eu careço de ser batizado por ti, e vens tu a mim?
Jesus, porém, respondendo, disse-lhe: Deixa por agora, porque assim nos convém cumprir toda a justiça. Então Ele o permitiu.
João, inicialmente, mostrou-se resistente em batizar Jesus nas águas. Ele teve receio de batizar a Cristo, e disse: Eu é que preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim? (Mateus 3.13-17).
Observe que João Batista rogou o batismo ao Senhor, mas em lugar nenhum da bíblia consta que João foi batizado nas águas, e nem por isso deixou de ser salvo, ele não precisava mais de batismo das águas, pois foi cheio do Esprito Santo, ainda no ventre da sua mãe (Lucas 1.41).
E, sendo Jesus batizado, logo saiu da água, e eis que se lhe abriram os Céus, e viu o Espírito de Deus descendo na semelhança de uma pomba e vindo sobre Ele. Eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.
Ao contrário do que muitos acreditam, Jesus foi batizado, não para dar exemplo, mas como Ele mesmo disse, para cumprir a justiça; e para ser Senhor de um novo batismo, não mais feito com elemento natural (água), mas um Batismo Espiritual, vindo do Alto pelo poder do Pai Criador, a fim de nos agraciar com o batismo do Espírito Santo e com o fogo, o qual é o selo da promessa para salvação (Efésios 1.11-13).
E, logo que saiu da água, desceu sobre Ele o Espírito de Deus na figura de uma pomba, e O selou com Espírito Santo para exercer o seu reinado entre os pecadores, porque Ele veio para ser o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
Mas, não há relato na bíblia afirmando que o Senhor batizou alguém nas águas, somente os seus discípulos faziam isto (João 4.1,2), até que tudo fosse cumprido a respeito da sua morte, ressurreição e Ascensão à destra do Altíssimo. E depois de alguns dias cumpriu-se a profecia de João Batista que afirmava:
Em verdade, vos batizo com água para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; cujas alparcas, não sou digno de levar; Ele vos batizará com o Espírito Santo, e com fogo (Atos capítulo 2).
João deixou claro que o batismo de Jesus é mais poderoso do que o seu, porque em todas as situações o vencedor é sempre o mais poderoso, e o perdedor é anulado. Assim também o segundo batismo anula o primeiro.
João profetizava desta forma, porque reconhecia o valor transitório do seu batismo, o qual era somente uma preparação para um batismo superior e perfeito, que havia de vir através do Messias, nosso Senhor e Salvador. É neste conjunto que devemos entender o batismo de Jesus. Ele veio em cumprimento à preparação desenvolvida por João.
PEDRO É AVISADO POR UM ANJO DA NECESSIDADE DE ANUNCIAR O EVANGELHO A CORNÉLIO
Mesmo depois de receberem o selo da promessa para salvação e obra do ministério, os Apóstolos não entenderam que, após a ressurreição de Cristo, passaríamos a viver o tempo da graça e tudo mudaria. A prova disso, é que eles não anunciavam o Evangelho para os gentios, além de continuarem batizando nas águas.
Confira essa realidade nesta referência bíblica: Cornélio recebeu a visita de um anjo, o qual lhe orientou a procurar o Apóstolo Pedro, que lhe diria o que deveria fazer. Simão Pedro foi avisado por um anjo para que não recusasse a ordenança do Senhor, e chegando à casa de Cornélio lhes anunciou a benignidade de Cristo.
E, dizendo Pedro ainda a Palavra de salvação, caiu o Espírito Santo sobre todos os que o ouviam, os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios.
Porque os ouviam falar em línguas e magnificar a Deus. Respondeu, então, Pedro: Pode alguém, porventura, recusar a água, para que não sejam batizados esses que também receberam, como nós, o Espírito Santo? E mandou que fossem batizados em nome do Senhor (Leia capítulo 10 de Atos).
PEDRO JUSTIFICA-SE A IGREJA POR TER ANUNCIADO O EVANGELHO AOS GENTIOS
E ouviram os apóstolos e os irmãos que estavam na Judéia que também os gentios tinham recebido a Palavra de Deus. E, subindo Pedro a Jerusalém, disputavam com ele os que eram da circuncisão, dizendo: Entraste em casa de varões incircuncisos e comeste com eles.
Mas Pedro começou a fazer-lhes uma exposição dos acontecimentos por ordem, explicando-lhes que fora compelido por um anjo a não recusar a ordenança do Senhor a anunciar na casa de gentio. E neste texto, Pedro revela a Palavra que traz a luz, que o batismo da graça não se faz com água, observe:
Disse Pedro à igreja: E, quando comecei a falar, caiu sobre eles o Espírito Santo, como também sobre nós ao princípio. E lembrei-me do dito do Senhor, quando disse: João certamente batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo.
Portanto, se Deus lhes deu o mesmo dom que a nós, quando cremos no Senhor Jesus Cristo, quem era, então, eu, para que pudesse resistir a Deus?
E, ouvindo estas coisas, apaziguaram-se e glorificaram a Deus, dizendo: Na verdade, até aos gentios deu Deus o arrependimento para a vida (Atos capítulo 11).
Amados em Cristo, ao lermos o capítulo 10 de Atos, fica evidenciado, que a principio, Pedro foi admoestado por um anjo a não recusar a ordenança do Senhor para anunciar o Evangelho na casa de um gentio, e após anunciar a Cristo, todos receberam o Espírito Santo, e mesmo assim Pedro lhes mandou que fossem batizados nas águas.
E quando os irmãos que estavam na Judéia ouviram que também os gentios tinham recebido a Palavra de Deus, imediatamente convocaram a Pedro a dar explicações à igreja, e a razão do seu contato com gentios.
Isso ocorreu, porque os apóstolos estavam enraizados à lei, de tal forma, que até aquele momento, não tinham conseguido descobrir a verdadeira razão por que o véu do templo se rasgou de alto a baixo, logo após ter Cristo entregado seu Espírito ao Pai. Não conseguiam ver a linha divisória que separou as ordenanças que havia no Velho Testamento, da liberdade em Cristo no tempo da graça.
Ainda não entendiam que com a graça, veio também um novo batismo, desta vez com o Espírito Santo do Senhor; porque toda lei da Velha Aliança havia sido sucumbida na cruz pela aspersão do sangue do nosso Redentor.
Portanto, ainda que haja algumas referências sobre batismo em águas no livro de Atos, convenhamos que os episódios relatados neste livro, ocorreram logo após a ascensão do Cordeiro de Deus ao Trono de Glórias do Pai, período considerado de transição da lei para a graça, onde é possível identificar também, o cumprimento de outras ordenanças de velha aliança, e não somente do batismo nas águas.
Vemos por exemplo, que Pedro andou pregando a circuncisão (Gálatas cap. 2); Paulo rapou a cabeça por voto (Atos 18.18), e em Atos 21.24, diz: Toma estes contigo, e santifica-te com eles, e faze por eles os gastos para que rapem a cabeça, e todos ficarão sabendo que nada há daquilo de que foram informados acerca de ti, mas que também tu mesmo andas guardando a lei.
Mas em I Coríntios 1.17, Paulo disse: Porque Cristo enviou-me não para batizar, mas para evangelizar; não em sabedoria de palavras, para que a cruz de Cristo se não faça vã.
Porque Paulo fez questão de enfatizar que não foi chamado para batizar, mas para evangelizar? Porque a Salvação virá pela fé no Evangelho de Cristo (I Coríntios 15.1, 2 e Romanos 1.16) e não pelo batismo das águas.
Por isso, o Senhor levantou Paulo para anunciar o Evangelho aos gentios; e ainda que tenha se tornado o maior evangelista entre os Apóstolos, batizou pouquíssimo, e afirmou: Dou graças a Deus, porque a nenhum de vós batizei, senão a Crispo e a Gaio, Para que ninguém diga que fostes batizados em meu nome (I Coríntios 1.14-15).
RITUAL DA LAVAGEM DO CORPO NO ANTIGO TESTANDO
A carta aos Hebreus foi escrita aos cristãos convertidos para que não corressem o perigo de voltar ao judaísmo, dando importância aos ritos cerimoniais. Seu principal objetivo é mostrar a glória transcendente da era cristã em comparação com a do Antigo Testamento.
Mas o capítulo 9.10, revela que na Velha Aliança havia um ritual, com seguimento de batismo nas águas, veja: Consistindo somente em manjares, e bebidas, e várias abluções e justificações da carne, impostas até ao tempo da correção.
Ablução: vem do latim ablutio, que significa lavagem - É um rito presente em muitas religiões, entre as quais o cristianismo e o judaísmo. A ablução é um ritual de purificação, com símbolos, atos e significados variados.
As abluções rituais, nasceram das purificações necessárias após a contaminação proveniente do contato com os cadáveres, das relações sexuais, do parto, da menstruação e outros. Em outras situações, relacionam-se a ritos de preparação para o sacrifício. As abluções eram feitas com água, folha (ramos), e sangue. Fonte: http://pt.wikipedia.org/
O capitulo 2 do livro de João, descreve o primeiro milagre do Senhor por ocasião da transformação da água em vinho, e o versículo 6 narra que, estavam ali postas seis talhas de pedra, para as purificações dos judeus (abluções) e em cada uma cabiam duas ou três metretas (Medida para líquidos que variava entre 30 e 40 Litros).
O NASCER DA ÁGUA E DO ESPÍRITO
Quando o Senhor exortou a Nicodemos sobre o novo nascimento, assim como muitos hoje, ele também entendeu a advertência numa visão material, mas o Senhor lhe falava das coisas espirituais; e disse: O que é nascido da carne é carne, o que é nascido do Espírito é Espírito (João cap 3).
O Senhor deixou bem clara a diferença entre o material e o espiritual, isso significa que o novo nascimento não vem pelo batismo das águas, porque o nascer da água e do espírito é o arrependimento, a conversão, a santificação, através da fé no sacrifício de Cristo na cruz, para remissão dos nossos pecados, e para salvação da vida eterna. Leia mais: NECESSÁRIO VOS É NASCER DE NOVO
A SALVAÇÃO SEM PASSAR PELO BATISMO
A Palavra registra várias referências onde o Senhor salvou inúmeros irmãos, tão somente através fé, evidenciada pelo arrependimento e pela conversão, sem que esses tivessem passado pelo batismo das águas.
Separamos alguns exemplos para vossa apreciação: A mulher do fluxo de sangue (Mateus 9.20-22), o cego de Jericó (Marcos 10.46-52), a mulher pecadora que ungiu os pés de Cristo com lágrimas e os enxugou com os cabelos (Lucas 7.36-50), o leproso que foi curado e voltou para agradecer o Mestre (Lucas 17.11-19), Zaqueu (Lucas 19.1-10), o ladrão que estava dependurado na cruz ao lado do Senhor (Lucas 23.40-443), João 8.11).
E, para esses (os salvos) o Senhor declarava: A tua fé te salvou, porque efésios 2.8, assegura: Pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus.
Em Marcos 16.15 e 16, disse Jesus: Ide por todo o Mundo, pregai o Evangelho a toda a criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.
Crer em que ou em quem para alcançar a salvação? Porventura estaria o Senhor referindo-se ao batismo das águas? Certamente não, Ele referia-se ao Batismo do Espírito Santo no ato da conversão, ou seja, o selo da promessa para salvação, porque o Senhor vinculou o crer e a salvação com o batismo do Espírito Santo, o que será comprovado no decorrer do texto.
UM SÓ BATISMO:
Consideremos que a Palavra de Efésios 4.5 assegura que, há um só Senhor, uma só fé, um só batismo.
Se perguntarmos a alguém se, devemos confiar em outros deuses além do Pai Criador, evidentemente, esse alguém responderá que não. Se dissermos que existem mais de uma fé, certamente discordará. Porque então devemos aceitar dois batismos? Porventura, um só batismo seria o batismo das águas?
O sacrifício da cruz não foi suficiente para salvar o homem, ou teríamos que buscar outra fonte de salvação através das águas?. De maneira alguma, isto é uma forma de desacreditar na Palavra do nosso Senhor e Salvador, o qual afirmou decisivamente:
Na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias. E recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.
E se alguém afirmar que um só batismo, é o batismo nas águas, estará anulando o batismo do Espírito Santo.
Logo, um só batismo, é uma confirmação do batismo com o Espírito Santo, sendo assim, nenhuma pessoa ou igreja (instituições religiosas) tem autoridade bíblica para ministrar batismo nas águas nos dias de hoje.
Gálatas 3.2: Quero apenas saber isto de vós: recebeste o Espírito pelas obras da lei ou, pela pregação da fé?
PENTECOSTES:
Segundo o relato no livro de Atos 2.37-38, no dia de pentecostes, uma multidão vendo isso, compungiu-se em seu coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos varões irmãos?
E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo.
Por que seriam batizados em nome do Senhor Jesus? A Palavra diz: Para perdão dos pecados e para receber o dom do Espírito Santo. Então lhe pergunto, o batismo das águas tem poder para perdoar pecados ou para dar o dom do Espírito Santo? João mesmo dimensionou a distinção entre o batismo das águas e o batismo do Espírito, o qual somente Cristo poderá nos dar.
E Atos 2.41 descreve: De sorte que foram batizados, os que de bom grado receberam a sua Palavra; e, naquele dia, agregaram-se quase três mil almas.
Atos 8-14-17: Os apóstolos, pois, que estavam em Jerusalém, ouvindo que Samaria recebera a Palavra de Deus, enviaram para lá Pedro e João, os quais, tendo descido, oraram por eles para que recebessem o Espírito Santo. (Porque sobre nenhum deles tinha ainda descido, mas, somente eram batizados em nome do Senhor Jesus). Então, lhes impuseram as mãos, e receberam o Espírito Santo.
Aqui a Palavra não deixa dúvida, fala claramente que aqueles irmãos haviam sidos batizados em nome do Senhor Jesus (nas águas), mas sobre nenhum deles tinha descido o Espírito Santo, então Pedro e João, lhes anunciaram a graça e orando sobre eles, receberam o selo da promessa para salvação, porque receberam a Cristo como Único e suficiente Salvador.
Episódio semelhante descrito em Atos 19.1-6 relata: E sucedeu que, enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo, tendo passado por todas as regiões superiores, chegou a Éfeso e, achando ali alguns discípulos, disse-lhes: Recebestes vós já o Espírito Santo quando crestes? E eles disseram-lhe: Nós nem ainda ouvimos que haja Espírito Santo.
Perguntou-lhes: Em que sois batizados, então? E eles disseram: No batismo de João.
Mas Paulo disse: Certamente João batizou com o batismo do arrependimento, dizendo ao povo que cresse no que após ele havia de vir, isto é, em Jesus Cristo. E os que ouviram foram batizados em nome do Senhor Jesus. E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam línguas e profetizavam.
Observe que aqueles irmãos haviam recebido o batismo de João (nas águas) ou do arrependimento, e sequer sabiam da existência do Espírito Santo do Senhor, e Paulo lhes impôs as mãos, quer dizer, anunciou o Evangelho de Cristo, e creram e sobreveio sobre eles o Espírito Santo, que é o selo da promessa para a eternidade.
Ratificado em Efésios 1.13, onde diz: ...Depois que ouvistes a Palavra da verdade, o Evangelho da vossa salvação; e, tendo nele (Cristo) também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa.
Muitos irmãos trazem consigo a concepção que o batismo no Espírito Santo, só é concebido aos que falam línguas estranhas, mas esse entendimento é um equívoco, porque segundo a Palavra, o falar língua estranha é apenas um dos dons espirituais, e, muitas vezes, o irmão não fala em línguas, mas recebeu outros dons, e já está selado com a promessa da salvação (Atos 19.2 e Efésios 1.11-13), porque segundo o que está escrito, o selo da promessa para salvação recebemos no ato da conversão, independente do batismo das águas. Leia mais: O BATISMO NO ESPIRITO E O DOM DE LINGUA ESTRANHA
Atos 16.30-33, diz: ... E, tirando-os para fora, disse: Senhores, que é necessário que eu faça para me salvar? 31 E eles disseram: Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa.
E lhe pregaram a Palavra do Senhor, e a todos os que estavam em sua casa. E, tomando-os ele consigo naquela mesma hora da noite, lavou-lhes os vergões; e logo foi batizado, ele e todos os seus.
Será que Paulo teria levado os novos convertidos àquela hora da noite a um rio para batizá-los? Observe que ele mesmo disse que não foi chamado para batizar, mas para pregar o Evangelho, porque a salvação virá pela Palavra de Cristo, e não por descer as águas.
Diante de tudo o que foi exposto, atentemos para o que diz mais uma vez a palavra da verdade: Todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo; quer judeu, quer grego, quer servo, quer livre, e todos, temos bebido de um Espírito (I Coríntios 12.13). Portanto, nós, os chamados gentios, pelo fato de não sermos Judeus propriamente ditos, e que mesmo assim alcançamos a graça pela promessa, definitivamente, não precisamos ser submetidos a rituais que nunca fizeram parte de nossa cultura, pois isto não faz o menor sentido à luz do evangelho de Cristo.
Louvai ao Senhor!

segunda-feira, 4 de março de 2013

COMO SERÁ O REINO DO CÉU .

Na revelação apocalíptica ao Apóstolo João (Apocalipse 21) ele viu a Cidade Santa, a Jerusalém do Céu, uma Cidade edificada em ouro puro e pedras preciosas, e até a praça da cidade composta de ouro puro, como vidro transparente.

João relata que nela não viu templo, porque o seu templo é o Senhor, Deus Todo-poderoso, e o Cordeiro. E a cidade não necessita de sol nem de lua, para que nela resplandeçam, porque a glória de Deus a tem alumiado, e o Cordeiro é a sua lâmpada.

E as suas portas não se fecharão de dia, porque ali não haverá noite, e não entrará nela coisa alguma que contamine e cometa abominação e mentira, mas só os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro, e reinarão com o Altíssimo para todo sempre.

Amados irmãos e irmãs em Cristo, vocês seriam capazes de imaginar a grandeza dessa Cidade gloriosa onde os justos irão morar eternamente? Onde veremos a face do Pai Altíssimo, e viveremos juntamente com o seu amado Filho e os seus santos anjos? Certamente não somos capazes de idealizar como será a grandeza dessa glória, o gozo de estarmos juntos com o Criador, porque são coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam (I Coríntios 2:9).

Porque não conseguimos sequer refletir na grandeza do Reino Eterno? Paulo conta as visões e revelações do Senhor, ele não soube dizer se foi arrebatado no corpo, ou fora do corpo (em espírito) até ao terceiro Céu, e foi ao Paraíso e ouviu palavras inexprimíveis, de que ao homem não é lícito falar.

E, para que não se exaltasse pelas excelências das revelações, foi-lhe dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para lhe esbofetear, a fim de não se exaltar.

Acerca do qual três vezes orou ao Senhor, para que se desviasse dele aquela tentação, mas o Senhor lhe respondeu: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza.

Irmãos, observem o quanto o homem é minúsculo e carente diante da grandeza das coisas que o Pai criou para os que o amam, se até mesmo o apóstolo Paulo que em nada foi inferior aos mais excelentes apóstolos, por onde passou o seu apostolado foi manifestados através de sinais, prodígios e maravilhas. Um vaso escolhido pelo Senhor para levar a sua Palavra diante dos gentios e reis, e, com todos esses atributos ainda poderia se exaltar pela grandeza da gloria do Senhor que tinha visto.

Como Paulo citou, são coisas invizíveis, que o homem não é digno conhecer, ou seja, sequer imaginar a grandeza do Reino do Pai, mas Deus é amor e o provou primeiro ao homem, o qual estava morto na maldição do pecado, oferecendo o seu próprio Filho em sacrifício vivo para uma nova reconciliação do homem à vida eterna.

   JOÃO FOI AO TERCEIRO CÉU, ONDE É O PRIMEIRO E SEGUNDO CÉU?

No princípio, criou Deus os Céus, a terra e tudo que nela há, e disse: Façamos o homem a nossa imagem, conforme a nossa semelhança e domine sobre os peixes, aves, e tudo o que se mova sobre a terra.

E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e o colocou no Jardim do Éden para lavrar e guardar, e ordenou Deus ao homem que comesse de toda árvore do jardim livremente, mas alertou: da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás, porque no dia que dela comeres, certamente morrerás (Gênesis cap. 1-3).

Do pó da terra criou Deus o homem a sua imagem, conforme a sua semelhança, e o colocou num Paraíso para viver eternamente em abundância de bens. A prosperidade não era um ideal a ser alcançado, mas uma realidade a ser apossada para desfrutar das maravilhas disponíveis. Deus lhe deu também poder para dominar sobre todas as coisas, o Senhor Deus havia criado as condições ideais para o homem viver em felicidade plena eternamente.

Deus criou um Paraíso para o homem, e lhe deu autoridade sobre a ação do diabo, e alertou: da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás, porque no dia que dela comeres, certamente morrerás (Gênesis 2.17).

Mas a mulher, sugestionada pela serpente (o diabo), indiscreta em conhecer o que o Senhor Deus havia proibido, ambicionando ser igual a Deus, e vendo a árvore desejável, agradável aos olhos, tomou do seu fruto e comeu e deu também ao seu marido e ele comeu também (Gênesis 3.6). O pecado havia se consumado, e a morte entrado no homem pelo pecado. O Paraíso que Deus havia confiado ao homem para o guarda e proteger, ele acabava de perder, submetendo-se à escravo de satanás.

A promessa de viver eternamente havia encerrado pela prática pecado. O homem estava morto, não só espiritualmente, mas também a morte física, por esta razão a Palavra do Senhor na carta aos Romanos 6.23 diz: O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida a vida eterna.

A mordomia que o Senhor preparou para ao homem também havia acabado, e ordenou: No suor do teu rosto, comerás o teu pão, até que te tornes a terra; porque dela foste tomado, porquanto és pó e em pó te tornará (Gênesis 3.19). A sua morte física também estava determinada.

E, havendo Deus lançado fora o homem, pôs querubins ao oriente do jardim do Éden e uma espada inflamada que andava ao redor, para guardar o caminho da árvore da vida (Gênesis 3.24).

Com a insubordinação e a inimizade criada com Deus, o homem que fora criado para dominar e viver eternamente estava definitivamente separado de Deus e destituído de viver eternamente no Paraíso. Por isso o Senhor colocou anjos ao redor do Paraíso impedindo que o homem, agora na condição de pecador vivesse eternamente.

Irmãos, conhecemos aqui que o Éden, o Primeiro Céu é o Paraíso que Deus criou para o homem viver eternamente, para tanto, após a queda no Éden, e, havendo o Senhor o lançado fora, pôs querubins ao oriente do jardim do Éden e uma espada inflamada que andava ao redor, para guardar o Caminho da Árvore da Vida (Gênesis 3.22-24), desde então ninguém mais teve acesso ao Paraíso, porque não havia onde encontrar arrependimento e perdão. Foi o caso de Esaú, que por um prato de manjar vendeu o seu direito de primogenitura, e querendo ele ainda depois herdar a benção, foi rejeitado, porque não achou lugar de arrependimento, ainda que com lágrimas o buscou.

Mas o Senhor havia preparado um plano para resgatar o homem do pecado, por isso, quando um dos mal feitores que estava crucificado ao lado de Cristo, se arrependeu e lhe rogou o perdão, o Senhor lhe disse: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso.

Ratificado em Mateus 27.50-53, onde a Palavra narra que Cristo, ao render o seu Espírito ao Pai, o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras, e abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram ressuscitados.

E, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição dele, entraram na Cidade Santa e apareceram a muitos.

O REINADO MILENAR NO ARRAIAL DOS SANTOS

O SEGUNDO CÉU

E no capítulo 20, versículos 4 e 5 de Apocalipse, o apóstolo João descreve a revelação dos mártires de Cristo no milênio, e diz: E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi lhes dado o poder de julgar (esta palavra refere-se aos doze apóstolos que hão de julgar as doze tribos de Israel Mateus 19.28); e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela Palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos.

Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição.

Irmãos, considerem, a Palavra relata que o Reinado Milenar é o galardão exclusivo para os mártires de Cristo degolados na grande tribulação, pois, afirma que os outros mortos não reviveram até que mil anos se completassem, sendo essa a primeira ressurreição, mas ainda não é o arrebatamento da igreja porque os outros mortos não ressuscitaram.

Aqui se cumpre à Palavra do Senhor Jesus no livro de Mateus 19.30 onde disse: Os primeiros serão derradeiros, e os derradeiros serão primeiros, ou seja, os que morreram nos últimos tempos por ocasião da grande tribulação ressuscitarão primeiro, e reinarão com Cristo por mil anos, mas os outros mortos não ressuscitaram, isto é, os que morreram em Cristo por morte natural, ou antes da grande tribulação, os quais não ressuscitarão até que mil anos se acabem, mas ressurgirão na vinda de Cristo para o arrebatamento da igreja e o juízo final.

Irmãos, vimos anteriormente que o Primeiro Céu é o Paraíso ou Jardim do Éden que Deus criou para o homem viver eternamente, mas foi lançado fora por causa do pecado.

Agora vislumbramos a figura do Segundo Céu ou Arraial dos Santos, vejamos: Concomitantemente ao Reinado Milenar, satanás será preso e lançado no abismo por mil anos (Apocalipse 20.1-3).

Mas, acabando-se os mil anos, satanás será solto da prisão e sairá a enganar as nações que estão sobre os quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, cujo número é como a areia do mar, para as ajuntar em batalha.

E subiram sobre a largura da terra e cercaram o Arraial dos Santos e a Cidade Amada; mas desceu fogo do céu e os devorou.

Pela revelação da Palavra, o Arraial dos Santos é um acampamento espiritual, o Paraíso onde os mártires da grande tribulação reinarão com Cristo por mil anos, e sem dúvida alguma é o Segundo Céu, o qual satanás tentará sitiar, mas será devorado pelo fogo.

Entretanto, as almas dos que estão no Paraíso (Lucas 23.43) ou seio de Abraão (Lucas 16.22), como as almas dos mártires de Cristo que reinaram com Ele por mil anos no Arraial dos Santos, estão numa dimensão de repouso e paz mas ainda não é o destino final das almas, porque depois do julgamento final, os salvos herdarão a Nova Jerusalém.

Assim também as almas que estão no hades – quer dizer inferno (Lucas 16.23), estão num espaço transitório, após o julgamento irão para o fogo eterno.

Resumindo: depois do milênio virá então o julgamento final, e os salvos do Paraíso do Éden, do Reino Milenar e dos mortos que ressuscitarão no último dia, todos irão para uma única cidade, a Cidade Santa, a Jerusalém do Céu edificada toda em ouro (Apocalipse 21), a qual é o Terceiro Céu onde Paulo foi arrebatado e viu coisas inefáveis que ao homem não lhe é permitido falar, a qual será habitada pelos salvos que herdarão a vida eterna, e lá não haverá mais pranto, nem dor, e nem clamor, e Deus enxugará dos seus olhos toda lágrima.

QUEM HERDARÁ A NOVA JERUSALEM ETERNAMENTE?

E quem reinará para sempre na excelência dessa grandiosidade, a Cidade Santa, a Jerusalém do Céu? Está definido: Só os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro (Apocalipse 21.27), porque no Reino de Deus não entrará coisa alguma que contamine e cometa abominação e mentira. Mas quanto aos tímidos, incrédulos, abomináveis, homicidas, fornicadores, feiticeiros, idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre, o que é a segunda morte (Apocalipse 21.8)

Paulo chora por muitos daqueles que dantes pecaram e não se arrependeram da imundícia, e prostituição, e desonestidade que cometeram (II Coríntios 12.21), e diz: Meus filhinhos, por quem de novo sinto as dores de parto, até que Cristo seja formado em vós (Gálatas 4.19). Paulo lamenta porque ele sabe que o fim desses que não se arrependeram será no lago de fogo.

Esse mesmo sentimento deverá ser para todos que receberam a graça da salvação, porque para isso fomos chamados, à levar o conhecimento do Evangelho e da Palavra que cura, liberta e salva aos que vivem no pecado, para que se arrependam, e sejam perdoados os seus pecados e recebam o dom do Espírito Santo e a oferta da salvação, pela aspersão do sangue e do sacrifício do nosso Redentor.

Louvai ao Senhor!

A CARNE É FRACA ;

E, voltando o Senhor para os seus discípulos, achou-os adormecidos; e os advertiu dizendo: Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca. (Mateus 26.41).
Há algum tempo presenciamos um famoso pregador televisivo, interpretando este versículo como se o Senhor Jesus tivesse deixado uma lacuna na Palavra, abrindo um precedente para o homem se justificar dos seus pecados, algo que é totalmente contrário à doutrina da salvação e santificação, explícita na bíblia.
Até que ponto os que ensinam sobre este texto, compreendem verdadeiramente o que Cristo disse ao afirmar que o espírito está pronto, mas a carne é fraca?
Sabemos que estudar um versículo bíblico sem considerar o seu contexto, significa, na maioria das vezes, não compreender toda a verdade nele contida, e se adotarmos essa prática em relação às escrituras sagradas, obteremos quase sempre, um resultado confuso, cometeremos falhas, e induziremos muitas pessoas ao erro.
É comum ouvirmos testemunhos de irmãos alegando terem caído no pecado devido à fraqueza da carne, inclusive citam como exemplo o apóstolo Paulo, que afirmou: Não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço (Romanos 7.19).
Temos observado que, aqueles que não receberam a revelação da Palavra através do Espírito Santo de Deus, mas tentam compreendê-la pelo seu próprio raciocínio, geralmente procuram juntar um versículo daqui e outro dali, como se fosse um quebra-cabeça, até conseguir uma base bíblica que dê respaldo a uma doutrina puramente humana.
Alguém já parou para observar em que condições, Jesus declarou que a carne é fraca? Observe o contexto: Chegando o Senhor a um lugar chamado Getsêmani, disse a seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto vou além orar, levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se muito. E lhes disse: A minha alma está cheia de tristeza até à morte; ficai aqui e vigiai comigo.
E, voltando para os seus discípulos, achou-os adormecidos; e os advertiu dizendo: Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca (Mateus 26.36-41).
Naquela ocasião a advertência aos seus discípulos, era unicamente para que permanecessem em constante vigília e oração, a fim de fortalecer o espírito, pois a hora em que o Senhor seria entregue às autoridades estava se aproximando, e a perspectiva, era de grande angústia e dor. Precisavam estar fortes e unirem-se ao Mestre durante as horas mais difíceis de sua vida (na carne), por isso Ele disse: ficai aqui e vigiai comigo.
Seus discípulos estavam cansados, exaustos e, debilitados fisicamente, e Jesus os encorajou, dizendo que o espírito está sempre pronto, mas a carne é fraca, dado à sua vulnerabilidade, pouca resistência e durabilidade; a carne é tendenciosa ao conforto e voltada para as coisas materiais.
O Mestre não estava apresentando aos discípulos uma justificativa para cumplicidade à prática do pecado. Ao contrário, lhes admoestou para se santificarem ainda mais; desta forma, a carne não prevaleceria sobre o espírito, e seriam fortalecidos espiritualmente para suportar toda dor e angustia que estavam prestes a vivenciar, em razão da submissão à vontade de Deus, que era oferecer em sacrifício vivo o seu único Filho para salvar o homem que estava morto na maldição dos pecados.
Mencionando o Senhor que a carne é fraca, referia-se também a si mesmo, pois sabia que era chegada sua hora, e Ele próprio sentiu a fraqueza da carne na sua natureza humana, porque era homem de dores, servo sofredor.
E, ainda que possuía uma natureza humana, o fato de estar constantemente vigilante e em comunhão com o Pai, ao qual orava sem cessar, tornava o seu Espírito forte, a ponto de vencer o pecado, deixando de lado a sua própria vontade para submeter-se incondicionalmente à vontade daquele a quem amava acima de todas as coisas.
A bíblia diz que, humanamente, Jesus era como nós: Por isso convinha que em tudo fosse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel Sumo Sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os pecados do povo (Hebreus 2.17).
Sua carne era fraca, mas o Espírito forte, por isso Ele não conheceu pecado, por tanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles (Hebreus 7. 25).
Logo, se alguém é vencido pelo pecado, não é porque a carne é fraca, mas porque o espírito do homem está fraco; este ainda não recebeu os dons do Espírito Santo do Senhor para conversão, salvação e certeza de vida eterna. Porque se pecarmos voluntariamente, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados (Hebreus 10.38).
Quando deixamos de ser homens e mulheres naturais e passamos a ser, homens e mulheres espirituais a luz das escrituras nos dizem que já não temos prazer nenhum no pecado.
Se alguém quer tomar Paulo como exemplo, deve então atentar para tudo o que ele disse, e não apenas para uma única frase. Eis aqui algumas palavras de Paulo:
- Sois vós tão insensatos que, tendo começado pelo Espírito, acabeis agora pela carne? (Gálatas 3.3).
- Digo, porém, andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne (Gálatas 5.16).
- Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus. Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele, porque, se viverdes segundo a carne, morrereis, mas se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis. (Romanos 8.9).
- Porque os que são segundo a carne, inclina-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito, para as coisas do Espírito. (Romanos 8.5-13).
Isso de maneira nenhuma define que uma vez que conhecemos a graça de Jesus Cristo nunca mais cometeremos pecado algum. Mas tudo o que foi escrito, para o nosso ensino foi escrito, e a verdade é que, à medida em que nos santificamos através do conhecimento de Deus e da sua Palavra, a probabilidade de pecarmos contra o Senhor é bem menor, pois o pecado entristece o Espírito de Deus profundamente (Efésios 4.30).
E por isso que Paulo insistia em dizer: Os que são de Cristo Jesus, crucificaram a carne com as paixões e concupiscências (Gálatas 5.24).
Mas alguém pode ainda questionar: E se alguém pecar? Se alguém pecar, deve seguir a orientação que está no livro de I João 2:1: Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo.
Louvai ao Senhor!

sexta-feira, 1 de março de 2013

O INSTRUIDO NA PALAVRA REPARTA SEUS BENS, COM AQUELE QUE INSTRUIU.

Quando se tenta questionar a respeito da validade dos dízimos e das ofertas no tempo da graça, os defensores dessa prática procuram se justificar citando a referência de Gálatas 6.6, que segundo eles, contem uma afirmação que assegura aos pregadores, o direito de aquinhoar os bens daqueles a quem lhes tem anunciado o Evangelho.
Vejamos: Gálatas 6.6: O que é instruído na palavra reparta de todos os seus bens com aquele que o instrui.
Se analisarmos todo o capítulo 6 do livro citado, vamos observar que o apóstolo Paulo expõe ali, uma série de conselhos aos cristãos, enfatizando principalmente, a importância de não viverem mais para si mesmos, citando, inclusive, o seu próprio exemplo, quando diz que, para ele, o mundo já está crucificado, assim como ele também está crucificado para o mundo.
Evidencia questões relacionadas ao segundo grande mandamento, que é o amor ao próximo, onde orienta que devemos levar as cargas uns dos outros, e aproveitar,... enquanto há tempo, para fazer o bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé (Vers.10).
É nesse contexto, o apóstolo aconselha também, que os cristãos devem repartir de todos os seus bens com aquele que os instrui na Palavra, o que também é justo. Mas em momento algum, refere-se a este instrutor como sendo alguém que ocupa uma posição elevada em relação aos demais irmãos.
O instrutor aqui não é alguém com titulo eclesiástico, e que exerce papel de liderança sobre os demais; pode até ser que seja um pastor de fato, mas no sentido correto da palavra, alguém que recebeu de Deus esta função dentro do corpo, e não um cargo de pastor principal, ou presidente de alguma denominação religiosa; não é alguém que ocupa lugar de destaque entre as ovelhas de Cristo, a quem todas devem se submeter sem nenhum questionamento.
Além do mais, quem é que verdadeiramente nos instrui na palavra senão o Espírito Santo de Deus que habita em nós?
A bíblia afirma: A unção que vós recebestes dele (Espírito Santo) fica em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina todas as coisas, e é verdadeira, e não é mentira, como ela vos ensinou, assim nele permanecerei (I João 2.27).
Cada um de nós pode ser usado pelo Senhor para nos instruirmos mutuamente, conforme o dom que do Alto recebemos, e nada mais justo do que nos ajudarmos também mutuamente com relação às necessidades básicas da vida.
O repartir é de Deus sim, mas desde que não sigamos a ordem inversa das coisas. Em se tratando de suprir as necessidades dos santos, a sequência correta é: quem tem muito, reparta com quem tem pouco, a fim de que ninguém passe necessidade.
Em nenhum lugar da bíblia há recomendação que dentre a multidão dos santos, haja uma só pessoa responsável pela instrução da Palavra, e, como paga, todos, unanimemente, devem sustentá-lo financeiramente, tendo este necessidade ou não.
Se formos seguir literalmente esse texto, então vamos repartir nossos bens com o Altíssimo, porque é Ele quem nos ensina todas as coisas e não há necessidade que homem algum nos ensine nada.
E não deixa de ser isto mesmo, pois no livro de Mateus 25.31-45, há algo bem interessante que o Senhor nos ensina com relação a isso. Diz assim:
... Então, dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde; benditos de meu Pai possuí por herança o Reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e fostes ver-me.
Então, os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome e te demos de comer? Ou com sede e te demos de beber? E, quando te vimos estrangeiro e te hospedamos? Ou nu e te vestimos?
E, quando te vimos enfermo ou na prisão e fomos ver-te? E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que, quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes... (Leia o texto completo).
Amados, deu pra perceber com quem é que devemos repartir os nossos bens? A comida deve ser dada a quem tem fome; a água para quem está com sede; as vestes para quem está nu; o abrigo para quem não tem onde morar. É assim que funcionam as coisas no reino de Deus.
Já no reino dos homens, vemos “pastores” ensinando uma doutrina bem diferente. A maioria dos chamados instrutores da palavra hoje, podem até ter necessidade de alguma coisa, mas não é de comida, nem de água, ou de roupa, porque isto eles tem em abundancia. O que lhes falta, é o amor altruísta para com os menos favorecidos materialmente, em especial, os domésticos na fé.
Há falsos mestres que se enquadram perfeitamente no que está escrito em provérbios 30:15: A sanguessuga tem duas filhas: Dá e Dá. Estas três coisas nunca se fartam; e com a quarta nunca dizem: Basta!
Vejamos o que o Mestre Jesus ordenou aos doze apóstolos: Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai (Mateus 10.8).
E ainda: Não possuais ouro, nem prata, nem cobre, em vossos cintos; nem alforjes para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem bordão, porque digno é o operário do seu alimento (Mateus 10.10).
Amados, a verdade de Deus é uma só. Anunciar o Evangelho de graça é mandamento, e não favor. Por que então, ousam vender o que foi oferecido gratuitamente pelo Senhor?
Aplicam a lei de Moisés, tendo já sido por Cristo abolida, sobretudo no que diz respeito aos dízimos e ofertas. Com que finalidade exploram o versículo isolado de Malaquias 3.10, senão para extorquir os bens materiais dos fieis?
Quando Pedro e João entraram no templo chamado Formosa e encontraram aquele coxo de nascença pedindo esmolas; a palavra diz que ambos, fitando os olhos nele, disseram: “Olha para nós. E olhou para eles, esperando receber alguma coisa. E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho isso te dou.
Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda. E, tomando-o pela mão direita, o levantou, e logo os seus pés e tornozelos se firmaram. E, saltando ele, pôs-se em pé, e andou, e entrou com eles no templo, andando, e saltando, e louvando a Deus (Atos 3.4-8).
A Palavra também narra que logo após a ascensão de Cristo ao Reino do Céu, os Apóstolos fizeram a maior obra de evangelização já vista sobre a terra, e muitas vezes, em um único dia, milhares de irmãos se convertiam pela pregação dos apóstolos; e não há um só registro na Palavra afirmando que eles usufruíram das virtudes do Espírito Santo em proveito próprio.
Porque esta é a verdadeira obra do Espírito Santo do Senhor. Vejamos o que está registrado em I Pedro 1.18, 19: Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que, por tradição, recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um Cordeiro imaculado e incontaminado.
Em Atos 20.35, Paulo declarou: Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é necessário auxiliar os enfermos e recordar as Palavras do Senhor Jesus, que disse: Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber.
Considerem que, até a sombra dos Apóstolos fazia maravilhas, porque entre eles não havia manipulação da Palavra para aquisição de bens materiais, mas a Palavra genuína era anunciada em verdadeira harmonia com o Evangelho de Cristo; e milagres e maravilhas aconteciam pelas mãos dos Apóstolos.
Atentemos para o exemplo de Paulo em II Coríntios 12.14, onde revelou: Eis que, pela terceira vez estou pronto para ir ter convosco, e não vos serei pesado; pois não busco o que é vosso, mas sim, a vós; porque não devem os filhos entesourar para os pais, mas os pais, para os filhos .
Como é possível alguém cobrar para anunciar a Palavra de Deus? Se é que o anunciam corretamente, pois o que vemos e ouvimos diariamente não é o evangelho de Cristo, que verdadeiramente liberta os cativos, mas um evangelho que em vez de tornar livres, escraviza ainda mais os que clamam por liberdade.
Jesus e seus apóstolos nos deixaram um grande legado para nosso aprendizado? Cristo não tinha lugar nem para reclinar a cabeça; hoje, porém, os donos de ”igrejas” possuem uma conta bancária abastada, e isto, comercializando o sangue e o sacrifício do nosso Redentor.
Atentemos para o que está escrito em II Pedro 2.3: E por avareza, farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita.
O Senhor é o mesmo ontem, hoje, e o será eternamente, porque é imutável, em quem não há sombra de variação. Sua Palavra é uma verdadeira espada de dois gumes, e nas mãos de quem a manuseia bem levará arrependimento, salvação e paz a muitas almas, mas nas mãos de homens corruptos e sem compromisso com o Pai Altíssimo, é uma arma perigosa, capaz de cometer até um genocídio espiritual.
A mesma Palavra afirma que quando o Senhor vier na sua glória, com os seus santos anjos, muitos lhes dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E, em teu nome, não expulsamos demônios? E, em teu nome, não fizemos muitas maravilhas? Então, Cristo lhes dirá abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.
É bom lembrar que esses milagres não são praticados por pessoas alheias ao Evangelho, é só ligar o rádio ou a televisão e veremos esses falsos mestres anunciando bênçãos e prodígios em nome do nosso Salvador, enquanto comercializam a Palavra que é pura e simples, e digna de toda aceitação.
Ai desses  ANTICRISTO E FALSOS PROFETAS .no Grande e Terrível dia do Senhor, porque haverá pranto e ranger de dentes, ou seja, muita dor.
E não nos deixemos levar pelos enganadores, porque os tais não servem a nosso Senhor Jesus Cristo, mas ao seu ventre; e, com suaves e lisonjas palavras, enganam o coração dos símplices (Romanos 16.18). Mas o fim deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles é para confusão deles mesmos, que só pensam nas coisas terrenas (Filipenses 3.19).
Louvai ao Senhor!