sexta-feira, 27 de setembro de 2013

AS COLETAS DESIGNADAS POR PAULO ERAM DINHEIRO PARA AS IGREJAS ?

Mas o que é coleta? Porventura estaria o legado dos homens santos de Deus  permitindo aos líderes das instituições religiosas arrecadarem dinheiro dos irmãos para obra ministerial?
Primeiramente, coleta não é dinheiro, o que se fazem hoje nas “igrejas” chama-se Ofertas  Alçadas.
COLETA: 1. Ação ou resultado de coletar, colher; colheita.
               2. Pedido ou recolhimento de donativos para obras comuns, ou ações beneficentes, caridade...
               3. Coleta de alimentos, roupas, calçados, agasalhos, para os flagelados.

Amados, desde os primeiros dias da igreja primitiva de Cristo havia uma grande preocupação por parte dos Apóstolos em socorrer os santos irmãos dentre o mais pobres da igreja. Vejamos:
Atos 11.27-29: Naqueles dias, desceram profetas de Jerusalém para Antioquia, e, levantando-se um deles, por nome Ágabo, dava a entender, pelo Espírito, que haveria uma grande fome em todo o mundo, e isso aconteceu no tempo de Cláudio César.  E os discípulos determinaram mandar, cada um conforme o que pudesse socorro aos irmãos que habitavam na Judéia.
Romanos 15.26:  Porque pareceu bem à Macedônia e à Acaia fazerem uma coleta para os pobres dentre os santos que estavam em Jerusalém.
I Coríntios 16.1, 2:  Ora, quanto à coleta que se faz para os santos, fazei vós também o mesmo que ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade, para que se não façam as coletas quando eu chegar.
Irmãos, todas as referências bíblicas que apreciamos sobre o tópico, não há  lacuna na Palavra para que a pudéssemos interpretar como se fosse dinheiro para igreja. Mas todas as citações bíblicas são apontadas para o amor ao próximo em forma de caridade, porque assim foram instruídos em toda Palavra os santos homens de Deus que escreveram o Novo Testamento pela divina inspiração do Espírito Santo do Senhor.
Mas vamos aprofundar mais para melhores esclarecimentos:
II Coríntios 9.6-9: E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância também ceifará.
Cada um contribua segundo propôs no seu coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria.
E Deus é poderoso para tornar abundante em vós toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, toda suficiência, superabundeis em toda boa obra,
Conforme está escrito: Distribuiu, deu aos pobres, a sua justiça permanece para sempre.
Esta é uma das referências bíblicas mais usadas alguns pregadores por ocasião do pedido de dízimos e ofertas nas igrejas. Porventura teria ordenado o Senhor a semear dinheiro nas igrejas, sendo ele a raiz de todos os males? (I Timóteo 6.10). Visivelmente esta Palavra não  tem nenhum vínculo com dinheiro, e sim a prática da caridade, ou seja, amor ao próximo em forma de caridade, a qual é prioridade nos ensinamentos do Mestre.
Ocorre que muitos pregadores leem apenas os versículos 6 e 7, contudo, à luz do Evangelho, excluem da pregação o versículo chave do texto (9), onde diz: Distribuiu, deu aos pobres, a sua justiça permanece para sempre.
Isso significa que as coletas designadas por Paulo, não eram ofertas em dinheiro para igreja, mas obras de caridade aos santos irmãos necessitados, porque a caridade é o ato de fé que mais agrada o coração de Deus. Note:
Hebreus 11.6, diz que, sem fé é impossível agradar a Deus, então avalie a profundidade da Palavra de I Coríntios 13.13: Agora, pois, permanece  , a esperança e a caridade, destas três, a maior é a  caridade.
Sem  sombra de dúvida a grandeza do amor ao próximo como caridade é maior que a , porque é pelo dom da fé em Deus, que guardamos os seus mandamentos e buscamos a santificação para fazer a sua vontade. E a palavra afirma que assim como o corpo sem espírito está morto, também a fé, sem obra é morta em si mesma (Tiago 2.26). E lamentavelmente, esse dom maravilhoso está sendo negado na maioria das igrejas, em detrimento a salvação (Leia Mateus 25.31-46).
II Coríntios 8.4-, 5: Pedindo-nos com muitos rogos a graça e a comunicação deste serviço, que se fazia para com os santos. E não somente fizeram como nós esperávamos, mas também a si mesmos se deram primeiramente ao Senhor e depois a nós, pela vontade de Deus.
Porque, se há prontidão de vontade, será aceita segundo o que qualquer tem e não segundo o que não tem.
Mas não digo isso para que os outros tenham alívio, e vós, opressão; mas para igualdade; neste tempo presente, a vossa abundância supra a falta dos outros, para que também a sua abundância supra a vossa falta, e haja igualdade,
Como está escrito: O que muito colheu não teve de mais; e o que pouco colheu, não teve de menos.
Paulo exorta a igreja sobre o amor ao próximo como caridade e ação de graça aos santos irmãos, e faz um alerta interessante dizendo: Se há prontidão de vontade, será aceita segundo o que qualquer tem e não segundo o que não tem (versículo 12).
Irmãos, enfatizamos este alerta porque temos sabido que alguns pegadores dizem que Deus não quer dinheiro de sobra, tem que tirar do sacrifício para dar tudo a igreja, alguns mandam até deixar de honrar compromissos para ofertar, outros mandam vender tudo e dar na instituição religiosa para receber prosperidades, mas segundo a Palavra isso não é verdade.
Também somos encorajados a não sermos vagarosos  no amor fraternal, para que os outros tenham alívio, e vós, opressão; e que haja igualdade entre vós, e vossa abundância supra a falta dos outros, de forma que,  o que muito colheu não tenha de mais; e o que pouco, não tenha de menos.
Esta referência é uma alusão a obra realizada pelos irmãos no início da igreja primitiva (Atos 4.32-35), onde relata que, os primeiros servos da igreja primitiva era um o coração e a alma da multidão dos que criam, e ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns. E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça.
Não havia, pois, entre eles necessitado algum; porque todos os que possuíam herdades ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que fora vendido e o depositavam aos pés dos apóstolos. E repartia-se a cada um, segundo a necessidade que cada um tinha.
Amados, onde estão esses irmãos hoje, que não os conhecemos em parte alguma da terra? Antigamente, os que criam no Evangelho da Graça, ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comum, mas a teologia da prosperidade ensinou aos servos a doutrina de mamon.
E  tragicamente, hoje, a maioria dos irmãos que se identificam como servos do Senhor querem mais e mais.
PARA SUA REFLEXÃO:
Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. O que semeia na sua carne da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito do Espírito ceifará a vida eterna.
E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido (Gálatas 6.7-9).
            Deus seja louvado!

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