sexta-feira, 25 de maio de 2012

PORQUE DETERMINAR E NÃO ACEITAR.

Com grande preocupação temos observado muitos pregadores ensinando aos fieis à determinar a sua benção, ordenar e exigir de Deus, os desígnios de seus corações. Norteiam os seguidores que estando o pagamento do dízimo atualizado, podem cobrar do Senhor, bênçãos, prosperidades, e tudo o que desejarem, e a não aceitar as aflições.
Entretanto, não há uma só referência bíblica que justifique o crente a usar esse argumento de heresia e blasfêmia contra o Deus Pai que tudo criou, porque a nova criatura nascida da água e do Espírito, só poderá fazer o que é mandamento do Senhor, pois Ele mesmo disse: se me amardes, guardareis os meus mandamentos (João 14.15). Certamente o determinar e não aceitar, não é ensinamento do Senhor. Vamos meditar.
No Evangelho de Mateus 21.22, Jesus declarou: Tudo o que pedirdes na oração, crendo, o recebereis.
O Senhor disse: Tudo o que pedir. Ele nos ensina e exorta a exercitar a fé com humildade, devemos pedir, crendo, que pela fé, o Pai nos ouvirá. Porem, aqueles que passam a determinar, ordenar ou exigem de Deus, deixaram a fé em segundo p lano, e a Palavra exorta que sem fé é impossível agradar a Deus (Hebreus 11.6).
A Palavra de I Timóteo 6.15 nos traz a confiança que Jesus Cristo é o Rei dos reis e Senhor de todos os senhores. Poderá o súdito exigir ou ordenar ao seu Rei e Senhor com tamanho desrespeito e arrogância, determinando ou exigindo alguma coisa?
Em I Pedro 5.5, 6 o Senhor nos ensina, e exemplifica a humildade e o respeito recíproco entre os servos, agora imagine como o servo deverá se apresentar diante da grandeza do Altíssimo. Vejamos:
Vós, jovens, sede sujeitos aos anciãos; e sede todos sujeitos uns aos outros e revesti-vos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes. Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que, a seu tempo, vos exalte.
A determinação é uma ordem emanada do superior para o subordinado. Em hipótese, o que ocorrerá ao Soldado, que diante do General comandante do seu exército, lhe determinar a concessão de algum benefício? Vai acontecer exatamente isso que você imaginou.
Considere que devemos acatar e respeitar as autoridade terrenas, quanto mais ao nosso General, o Senhor Jesus Cristo, alem do respeito, devemos adorá-lo, porque diante da sua auroidade todo joelho se dobrará e toda língua confessará que Ele é o Senhor. E o “determinar” que se ouve por aí é doutrina de homem e uma blasfêmia contra o Senhor.
EU NÃO ACEITO
Esta frase popularizou-se nos meios evangélicos, principalmente quando nos deparamos com algumas situações difíceis, com algumas barreiras que julgamos intransponíveis. Mas afinal, isso tem fundamento bíblico, é correto não aceitar ou recusar a prova ou a tribulação? Precisamos meditar na verdade do Senhor Jesus Cristo e discernir o que é provação e tentação.
As provações, que são as tribulações, opressões, dores e sofrimento acontecem na vida do crente por duas razões distintas:
A primeira hipótese podemos estar sendo provados. Neste caso o Senhor nos encoraja a alegrarmo-nos e regozijarmos por sermos dignos de padecer pelo seu nome, porque grande será o galardão no reino do céu (Mateus 5.10-12 e I Pedro 3.14).
A Palavra assegura que Deus não permitirá que sejamos tentados alem do que possamos suportar (I Coríntios 10.13 e II Pedro 2.9). Assim sendo, não há razão para se desesperar, mas confiar que o Senhor é conosco e não nos deixará desamparados na angústia.
A segunda situação é a tentação, e não vem de Deus, mas é a colheita do fruto da carne e da desobediências. Vejamos:
Tiago 1.13-15: Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e a ninguém tenta. Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebida, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte.
Portanto amados, quando nos depararmos em qualquer das situações, a primeira iniciativa é se humilhar e orar, refletir sobre a nossa vida espiritual, se estamos fazendo a vontade do Pai ou da carne e principalmente se estamos sendo provado ou tentado.
Clamar ao Senhor com paciência, sabedoria, humildade para nos fortalecermos espiritual para superarmos as dificuldades, mas em nenhum momento podemos dizer: Eu não aceito, porque isso é desobediência, e rebeldia, abominável aos olhos do Senhor.
Jó, homem de vida farta, repentinamente, perdeu tudo quanto possuía, inclusive os dez filhos, sendo entregue nas mãos de satanás, o qual lhe feriu com uma chaga maligna, a sua mulher não aceitou, e disse-lhe: Ainda reténs a tua sinceridade? Amaldiçoa o teu Deus e morre.
Jó, lhe respondeu dizendo: Como fala qualquer doida, assim falas tu; receberemos o bem de Deus e não receberíamos o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios (Jó 2.6 a 10).
Porventura, não aceitou Jó com paciência todas as provações que lhe fora imposta? E, caso Jó não tivesse aceitado o sofrimento que o Senhor Deus havia permitido? Certamente teria perdido a grande benção que o Senhor havia lhe reservado.
O Apóstolo Paulo narra em II Coríntios 12.1-9, que fora arrebatado ao Terceiro Céu e viu coisas inefáveis (inexplicáveis, inexprimíveis) e, para que não se exaltasse, recebeu um espinho na carne, a saber, um mensageiro de satanás a esbofeteá-lo, e, por três vezes orou ao Senhor pedindo a libertação, mas o Senhor lhe respondeu: A minha graça te basta. Paulo, Paulo, pelo seu temor ao Pai, aceitou com humildade todo o sofrimento que lhe fora atribuído, porque o Senhor Deus disse: Com os humildes está a sabedoria.
A Palavra relata que o próprio Jesus Cristo, nos momentos que antecediam ser entregue para que se cumprissem as escrituras, estava muito angustiado, pois Ele já sabia do sofrimento que haveria de passar, e quando orava ao Senhor Deus Pai dizia: Pai, se possível, passa de mim esse cálice, todavia, não se faça a minha vontade, mas a tua(Lucas 22.40-42).
Amados, observem, até o Filho de Deus na hora de sua grande angústia soube pedir com humildade, colocando sempre em primeiro plano a vontade do Pai, e nós, ínfimas criaturas, só estamos aqui pela misericórdia de Deus precisamos seguir o exemplo de humildade do nosso Redentor, para aprender também qual é a vontade do Deus Pai para conosco, para que a nossa fé não seja vã.
E a Palavra de Isaias, diz: Que perversidade a vossa! Como se o oleiro fosse igual ao barro, e a obra dissesse do seu artífice: Ele não me fez; e a coisa feita dissesse do seu oleiro: Ele nada sabe (29.16). Ai daquele que contende com o seu Criador! (45.9).
Portanto amados, muito zelo quando se dirigir ao Senhor, porque Jesus disse: Pelas suas palavras serás justificado, pelas suas palavras serás condenado.
O mundo tem uma máxima que dizem: Há males que vem para o bem. Esse conceito é para os que não conhecem e nem confiam no Senhor. Mas para os servos de Deus, não há males que vem para o bem, para nós, todas as coisas contribuem para o bem. Vejamos:
Romanos 8.28:Sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto.
Louvai ao Senhor!

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