terça-feira, 3 de julho de 2012

É IMPOSSIVEL SERVIR A DOIS SENHORES.

O Senhor declarara a existência de dois senhores, sendo impossível servir aos dois ao mesmo tempo. Mas que senhores são esses e como operam em nossa vida?
Primeiramente Cristo refere-se ao Senhor Deus e Pai, Deus forte, Poderoso, infinitamente misericordioso, íntegro, santo, puro, o qual não nos deixa desamparado na angústia, e pelo seu infinito amor ao homem deu Unigênito a morrer em sacrifício na cruz, para todo aquele que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna.
Jesus fala também de outro senhor, mamon que é o príncipe deste mundo e “senhor” da riqueza, avareza, luxúria e dos prazeres deste mundo. Esse “deus” inspira o homem a ambição e avareza, e direciona o coração do homem apenas para as coisas materiais, terrenas e malignas, as quais Deus abomina.
Você já avaliou o poder destrutivo desse deus chamado mamon? Quem é mamon, senão o próprio satanás? Na tentação de Jesus no deserto (Mateus 4.1-11) a Palavra relata que, ambos em um monte muito alto, o diabo mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles. E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. Então, disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele servirás.
Satanás tentou induzir Jesus ao pecado oferecendo-lhe todo o reino deste mundo e a sua glória, se por Ele fosse adorado. Satanás propõe a Jesus a adoração a mamon, uma astuciosa cilada, mas foi repreendido, porque está escrito, que somente Deus é digno de adoração, honra e glória. Deus é Espírito, e importa que os verdadeiros adoradores o adorem em Espírito e em Verdade, observe:
João 4.23, 24: Disse Jesus: Mas à hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.
Irmãos, nunca gostaríamos de declarar isso, mas lamentavelmente, hoje muitas igrejas têm mamon como deus, porque os líderes afirmam decisivamente que a fidelidade nos dízimos e ofertas é uma adoração a Deus, confrontando a Palavra de Cristo, o qual disse: Os verdadeiros adoradores O adorarão em Espírito e em Verdade.
Induzem os seguidores, afirmando que a recompensa dessa prática é a repreensão do inimigo e prosperidades materiais em abundância. Algo muito sério e perigoso está acontecendo nas instituições religiosas chamadas de “igreja”, porque estão torcendo a verdade de Cristo em mentira, desvirtuando a glória de Deus, trocando a graça de Cristo por promessas de bens materiais, desviando a principal finalidade da morte de Cristo na Cruz, que veio para libertar o homem das garras de satanás, remi-lo do pecado e lhe ofertar a vida eterna.
Hoje, o grande propósito do homem é a prosperidade material a qualquer custo, e muitos pregadores impulsionam os fieis para isso, induzindo-os ao pecado pela avareza as coisas terrena.
Mas o que é prosperidade e como buscá-la? Prosperidade é o provimento das nossas necessidades, granjear o essencial para o cotidiano, mas a busca da prosperidade para os que confiam no Senhor é: buscar em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça e as demais coisas vos serão acrescentadas (Mateus 6.25-34). Isso não quer dizer absolutamente que para sermos prósperos precisamos amontoar riquezas, José, filho de Jacó, estando preso nas masmorras de faraó do Egito era próspero em tudo quanto fazia, porque Deus era com ele (Gênesis 39.20-23).
No Novo Testamento, não se pode constatar uma só referência bíblica em que Jesus concede ou promete algum bem material para aqueles que esperam pela sua vinda. Ele nos reservou algo infinitamente melhor do que todos os reinos deste mundo, o qual, num futuro muito próximo, ardendo em fogo se desfará.
As prosperidades terrenas são efêmeras, pequenas e vãs, diante da grandeza da Glória do Reino de Deus e a oferta da vida eterna. Jesus Cristo renunciou toda riqueza deste mundo para viver humildemente. A começar, pelo seu nascimento numa estrebaria, sendo enrolado em panos foi colocado numa manjedoura (cocho para alimentar animais), e trabalhou como operário (carpinteiro) até assumir o sacerdócio.
O Senhor exorta a sua igreja sobre o perigo da busca desregrada pelos bens materiais, por isso alertamos aos amados, caso sentir em seu coração o desejo ardente de possuir mais do que tem, humilhe-se na presença do Senhor e busque a santificação porque certamente, esse desejo não vem de Deus e por Ele é abominável, porque na está escrito que, Se esperamos em Cristo só para as coisas deste mundo somos os mais miseráveis de todos os homens (I Coríntios 15.19).
Em Romanos 14.16, vem a confirmação dizendo: Não ambicioneis coisas altas, mas acomodai-vos às humildes e, em I Timóteo 6.8 diz: Tendo, porém sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contente.
Aproveitamos a ocasião para disponibilizar algumas referências bíblicas para o vosso fortalecimento espiritual, e para que preguem sobre esse tópico, que reflitam sobre o tema, e conheçam se estão servindo ao Deus vivo ou o seu coração está na cobiça dos bens materiais, o reino que satanás propôs a Jesus tentando induzi-lo ao pecado.
O AMOR DO DINHEIRO
A primeira carta a Timóteo 6:9-19, afirma que: os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muita concupiscência loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e na ruína. Porque o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se transpassaram a si mesmos com muitas dores.
Manda aos ricos deste mundo que não sejam altivos, nem ponham a esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que abundantemente nos dá todas as coisas para delas gozarmos; que façam o bem enriqueçam em boas obras, repartam de boa mente e sejam comunicáveis; que entesourem para si mesmos um bom fundamento para o futuro, para que possam alcançar a vida eterna.
E em Mateus 6.19-21, disse Jesus: Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam. Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam, nem roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.
AS RIQUEZAS SÃO VAIDADE E AFLIÇÃO DE ESPÍRITO
No livro dos Eclesiastes ou Pregador, capítulo 2 do versículo 1 a 11, há uma narrativa do rei Salomão sobre a sua vida regada de bens e encanto, fala também da sua frustração e constrangimento, pois, ao fim da jornada, teve o dissabor de provar que tudo não passava de vaidade e aflição de Espírito.
Salomão, filho de Davi, teve um reinado glorioso sobre Israel, porque Deus havia lhe dado mais sabedoria do que a todos os homens. Deu-lhe também poder e riqueza como a nenhum outro sobre a terra. Diante de tanto privilégio vindo de Deus, ao fim de tudo, Salomão chegou à triste e verdadeira conclusão que apesar da sua imensurável riqueza, sabedoria e deleite sobre o que de melhor o mundo pode lhe ofertar, isso não fora suficiente para produzir fruto digno de alegria para saciar a sua alma. Tudo não passou de vaidade e aflição de espírito. Clamorosamente lamentou Salomão dizendo:
Amontoei para mim prata, e ouro, e jóias dos reis da terra, engrandeci-me e aumentei mais do que todos os que houve antes de mim, em Jerusalém; perseverou também comigo a minha sabedoria, nem privei o meu coração de alegria alguma; e eis que tudo era vaidade e aflição de espírito e que proveito nenhum havia debaixo do sol.
Apesar do poderio social, econômico e sabedoria do rei Salomão, hoje somos muito mais próspero do que ele. Não no ouro, ou na prata ou na sapiência humana, mas somos fartos pela consolação do Espírito Santo, pela grandeza da “Graça” do Senhor Jesus que há em nós, pela aspersão do seu precioso sangue, e a oferta da vida eterna.
Salomão lamentou porque não pode ceifar o fruto da sua prosperidade, ele possuía abundância de todos os bens que se possa imaginar sobre a terra, mas faltava-lhe o essencial, a Graça do Senhor Jesus. Não havia consistência na sua prosperidade, a sua alma era vazia porque lhe faltava o essencial, havia ausência do Espírito Santo de Deus na sua vida.
E nessa incoerência, muitos irmãos estão buscando aquilo que Salomão, com clamor, afirmou que era e continua sendo, vaidade e aflição de espírito. Estão abandonando a graça pela busca desesperada à prosperidade material, isso é profundamente lastimável.
Nós não temos ouro nem prata, mas temos as virtudes do Espírito Santo de Deus. Recebemos a grandiosidade da Graça do Senhor Jesus, e isso nos basta. O Espírito Santo nos alegra e nos fortalece mesmo nos momentos de turbulência, porque o Senhor é conosco. Socorro bem presente na angústia, não deixa desamparado o justo, nem a sua descendência a mendigar o pão (Salmos 37.5).
E no Evangelho de Mateus 13.16, 17, disse Jesus: Bem-aventurados os vossos olhos, porque vêem, e os vossos ouvidos, porque ouvem. Porque em verdade vos digo que muitos profetas e justos desejaram ver o que vós vedes e não o viram, e ouvir o que vós ouvis, e não o ouviram.

Louvai ao Senhor!

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