domingo, 29 de junho de 2014

CEIA OU PÁSCOA JUDAICA?

A Páscoa foi ordenada pelo Senhor ao povo judeu em comemoração ao Êxodo dos filhos de Israel da libertação da escravidão do Egito, através das poderosas mãos do Deus Altíssimo. Vejamos  como tudo iniciou:  E falou o Senhor a Moisés e a Arão na terra do Egito, dizendo: Falai a toda a congregação de Israel, dizendo:  
            Aos dez deste mês, tome cada um para si um cordeiro, segundo as casas dos pais, um cordeiro para cada casa. Mas, se a família for pequena para um cordeiro, então, tome um só com seu vizinho perto de sua casa, conforme o número das almas; conforme o comer de cada um, fareis a conta para o cordeiro.

O cordeiro, ou cabrito, será sem mácula, um macho de um ano, o qual tomareis das ovelhas ou das cabras;  e o guardareis até ao décimo quarto dia deste mês, e todo o ajuntamento da congregação de Israel o sacrificará à tarde. E tomarão do sangue e pô-lo-ão em ambas as ombreiras e na verga da porta, nas casas em que o comerem.
E naquela noite comerão a carne assada no fogo, com pães asmos; com ervas amargosas a comerão. Não comereis dele nada cru, nem cozido em água, senão assado ao fogo; a cabeça com os pés e com a fressura. E nada dele deixareis até pela manhã; mas o que dele ficar até pela manhã, queimareis no fogo.
Assim, pois, o comereis: os vossos lombos cingidos, os vossos sapatos nos pés, e o vosso cajado na mão; e o comereis apressadamente;esta é a Páscoa do SENHORE eu passarei pela terra do Egito esta noite e ferirei todo primogênito na terra do Egito, desde os homens até aos animais; e sobre todos os deuses do Egito farei juízos. Eu sou o SENHOR.  E aquele sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; vendo eu sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre vós praga de mortandade, quando eu ferir a terra do Egito. E este dia vos será por memória, e celebrá-lo-eis por festa ao Senhor; nas vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo (Êxodo 12.1-14).
Por ordenança do Senhor o ritual de celebração da Pascoa pela libertação da escravidão do Egito  passou a ser comemorada anualmente, vejamos: Êxodo 23.14, 15 – Três vezes no ano me celebrareis festa:  Guardarás a Festa dos Pães Asmos; sete dias comerás pães asmos, como te ordenei, ao tempo apontado no mês de abibe, porque nele saíste do Egito; ninguém apareça de mãos vazias perante mim.   Lucas 2.41: Ora, anualmente iam seus pais a Jerusalém, para a Festa da Páscoa.
A CELEBRAÇÃO DA PÁSCOA PELA LEI
E falou o Senhor a Moisés no deserto do Sinai, no segundo ano da sua saída da terra do Egito, no primeiro mês, dizendo: Que os filhos de Israel celebrem a Páscoa a seu tempo determinado. No dia catorze deste mês, pela tarde, a seu tempo determinado a celebrareis; segundo todos os seus estatutos e segundo todos os seus ritos, a celebrareis.
Disse, pois, Moisés aos filhos de Israel que celebrassem a Páscoa. Então, celebraram a Páscoa no dia catorze do primeiro mês, pela tarde, no deserto do Sinai; conforme tudo o que o SENHOR ordenara a Moisés, assim fizeram os filhos de Israel (Números 9.1-5).
A ÚLTIMA PÁSCOA   
E, no primeiro dia da Festa dos Pães Asmos, chegaram os discípulos junto de Jesus, dizendo: Onde queres que preparemos a comida da Páscoa? E ele lhes respondeu: Ide à cidade ter com certo homem e dizei-lhe: O Mestre manda dizer: O meu tempo está próximo; em tua casa celebrarei a Páscoa com os meus discípulos. E eles fizeram como Jesus lhes ordenara e prepararam a Páscoa.
Chegada a tarde, pôs-se ele à mesa com os doze discípulos. Enquanto comiam, tomou Jesus um pão, e, abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai, comei; isto é o meu corpo.  A seguir, tomou um cálice e, tendo dado graças, o deu aos discípulos, dizendo: Bebei dele todos. Porque isto é o meu sangueo sangue do Novo Testamento, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados (Mat. 26.16-28).
Irmãos, a Palavra assegura que as doutrinas do Antigo Testamento são sombras dos bens futuro, isso é, uma alegoria (exposição de um pensamento sob forma figurada.  Ficção que representa uma coisa para dar ideia de outra), de uma Nova Aliança.  Portanto, para discernirmos a celebração da páscoa pelo Mestre, precisamos voltar na sua origem, na noite em que o Senhor libertou o seu povo da escravidão do Egito.
Então falou o Senhor a Moisés e a Arão na terra do Egito, dizendo: Falai a toda a congregação de Israel, dizendo:  Tome cada um para si umcordeiro, para cada casa, um macho de um ano, sem mácula, sacrificará à tarde. E tomarão do sangue e pô-lo-ão nas ombreiras e na verga da porta, nas casas em que o comerem. E naquela noite comerão a carnee nada dele deixareis até pela manhã. E esse dia vos será por memória, e celebrá-lo-eis por festa ao Senhor; nas vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo (Êxodo 12. 1-14).
O Senhor Jesus celebrou a páscoa junto aos seus, não da forma como era tradição dos judeus, mas representando o sacrifício do Cordeiro de Deus, para salvar o homem que estava morto na maldição do pecado.
Na primeira Páscoa o Senhor recomendou um cordeiro, sem mácula (mancha), e os judeus comeram sua carne e passaram o sangue no umbral das portas das casas dos israelitas, para que a morte não entrassem em suas casas. Observe que aquele sacrifício de um cordeiro, já apontava para o sacrifício de Cristo, nosso Senhor e Salvador, na cruz do Calvário, rasgando a sua própria carne e oferecendo o seu sangue em sacrifício vivo, levando sobre si o pecado do mundo inteiro.
E João Batista viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo (João 1.29).
Cordeiro: Filhote de carneiro que não copulou com fêmea. Sem mácula, puro inocente. Porque na ordenança da páscoa, o Senhor Deus mandou os judeus comerem a carne do cordeiro, e proteger suas casas  passando o seu sangue nos umbrais das portas para que a morte não entrasse nas casas dos seus escolhidos.
E o Senhor Jesus Cristo disse: Eu sou o pão da vida. Vossos pais comeram o maná no deserto e morreram. Este é o pão que desce do céu, para que o que dele comer não morra.  Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer desse pão, viverá para sempre; e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo.
Disputavam, pois, os judeus entre si, dizendo: Como nos pode dar este a sua carne a comer?  Jesus, pois, lhes disse: Na verdade, na verdade vos digo que, se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos.
Quem come a minha carne e bebe o meu sangue  tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último Dia. Porque a minha carne verdadeiramente é comida, e o meu sangue verdadeiramente é bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim, e eu, nele. Assim como o Pai, que vive, me enviou, e eu vivo pelo Pai, assim quem de mim se alimenta  por mim viverá.
            Agora conhecemos que Cristo é o Pão Vivo que desceu do Céu, e, quem comer da sua carne e beber do seu sangue terá vida eterna, indispensavelmente necessitamos desse alimento para o nosso fortalecimento espiritual, para acrescentar em nós a fé, a santificação e a ressurreição do último dia.
Mas de que forma podemos comer da carne e tomar do sangue de Cristo, seria porventura através do ritual praticado hoje, onde se come um pedacinho de pão acompanhado de um cálice de vinho ou suco de uva?  Porventura poderíamos comprar o Pão Vivo que desceu do Céu nas padarias  ou fabricá-lo com nossas próprias mãos? Ou quem sabe poderíamos adquirir o Sangue do Novo Testamento nas adegas ou nas gôndolas dos mercados?
            Em Marcos 7.18, 19, o Senhor ensina que tudo que entra pela boca não o contamina o homem,  porque não entra no seu coração, mas no ventre e é lançado fora. Por analogia, entende-se que aquilo que não contamina também não edifica porque não entra no coração, mas vai para o ventre e é lançado fora.
             COMO PARTICIPAR DO CORPO E DO SANGUE DE CRISTO?
            Na ocasião em que Nicodemos foi ter com o Mestre, entendeu a exortação para nascer de novo numa visão material, mas a Palavra é discernida espiritualmente, assim também o comer da carne e tomar o sangue de Cristo não se faz com rituais como na velha aliança, mas  nascer de novo através do arrependimento, conversão, fé, e acima de tudo, crer verdadeiramente no sacrifício de Cristo na cruz para remissão dos nossos pecados e na ressurreição para a salvação da vida eterna. Isso é obediência aos seus mandamentos, fazer somente a sua vontade e receber a Cristo como Único Senhor e Salvador da sua vida.
            Em I Coríntios 11.17-34,  Paulo repreendeu a igreja porque ajuntavam para pecar, imitando a bebedice e glutonaria praticada nas comemorações da páscoa. Irmãos, estejam atentos ao  versículo  20, o qual diz: De sorte que, quando vos ajuntais num lugarnão é para comer a Ceia do Senhor.
            E disse mais: Versículos 28-30  Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma deste pão, e beba deste cálice. Porque o que come e bebe indignamente come e bebe para sua própria condenação, não discernindo o corpo do Senhor. Por causa disso, há entre vós muitos fracos e doentes e muitos que dormem
VOLTAR À LEI É ANULAR O SACRIFÍCIO DO  CORDEIRO DE DEUS
Primeiramente a Palavra revela que o ajuntamento da igreja não é para comer a ceia do Senhor, porque quem como e bebe sem discernimento, é para a própria condenação.
            Evidentemente que a Palavra não é uma referência ao alimento material. Hoje, quem está comendo e bebendo do Corpo de Cristo,indignamenteSão exatamente os irmãos que, induzidos por pregadores cegos, mentirosos, voltam à praticar as doutrinas da lei, como a prática do dízimo, jejum, batismos das águas, voto, a apresentação de crianças, unção com azeite e outros rudimentos da lei, como também a páscoa, hoje chamam de “Santa ceia”.
Sabendo porem, que esse alerta não é referente ao pão e o vinho que você participa na sua “igreja”, mas a forma como o Evangelho de Cristo está sendo adulterado por pregadores que não tem compromisso com o Altíssimo, visto que, qualquer esforço para voltar a lei de Moisés  que Cristo desfez na cruz, é anular o sacrifício do Cordeiro de Deus, e reconstruir o  muro por Ele derrubado (Efésios   2.13 a 15). 
            Por isso vem a exortação  de I Coríntios 5.7, 8, onde diz: Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós.  Pelo que façamos festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da malícia, mas com os asmos da sinceridade e da verdade.
            Em I Coríntios 10.16,17 diz: Porventura, o cálice de bênção que abençoamos não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é, porventura, a comunhão do corpo de Cristo?  Porque nós, sendo muitos, somos um só pão e um só corpo; porque todos participamos do mesmo pão.
Portanto, hoje, tudo que tentarmos fazer através de rituais ou ordenança da lei (Ceia, batismo, jejum, apresentação de criança na igreja, dízimo, campanhas...) para aproximarmos do Senhor é um equívoco, porque pela graça sois salvos, através da fé e isso não vem de vós, é dom de Deus  (Efésios 2.8),
Isso significa que, o comer da carne e beber do sangue de Cristo não se faz com rituais de coisas materiais, mas ter a mente de Cristo, estar sempre em comunhão com o Pai, isto é, andar Espírito e viver em Espírito, em plena santificação fazendo somente o que é agradável aos olhos do Deus Altíssimo, porque Ele ordenou: Sede santo porque Eu Sou Santo (1 Pedro 1.16).
Irmãos, prestem muita atenção nesta Palavra: Logo depois da celebração da páscoa com os discípulos (Mateus 26.29), disse o Senhor: E digo-vos que, desde agora, não beberei deste fruto da vide até àquele Dia em que o beba de novo convosco no Reino de meu Pai.
Amados, se o Senhor assegurou que desde aquele momento que celebrou a última páscoa com os seus discípulos não beberia mais do fruto da vide até que tudo seja consumado para o encontro glorioso com sua igreja no Reino do Céu, isto é não participaria mais do ritual do pão e vinho, então pergunto, a quem estamos adorando e reverenciando quando praticamos da santa ceia comendo um pedacinho de pão e um cálice de vinho, se o Senhor não se fará presente?
Entretanto, em Apocalipse 3.20 disse Jesus: "Eis que estou à porta e bato, se alguem ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele comigo". Esta sim, é a verdadeira ceia com o Senhor, porque quado abrimos a porta (coração) e recebemo a Cristo como nosso único e suficiente Salvador, o seu  Espírito Santo passa a habitar em nós, porque Hebreus 3.6-8, afirma que, Cristo, como Filho sobre a sua própria casa, a qual casa somos nós, se tão somente somente conservarmos fimes a confiança e a glória da esperança até a o fim. E diz o Espírito Santo, se ouvirdes hoje a sua voz, não endureçais o vosso coração.
FAZEI ISSO EM MEMÓRIA DE MIM:
Mas de quanto em quanto tempo devemos realizar a ceia cerimonial em memória do nosso Redentor? Uma vez por ano, ou uma vez por mês, todos os domingos, todos os dias? Conscientizem-se que só podemos praticar algum ato em memória de alguém que esteja morto, mas Cristo ressuscitou, foi elevado ao Céu, está sentado a destra do Pai, e por nós pecadores intercede.
Irmãos, Fazei isso em memória de mim, significa tomar a sua cruz e seguir as pegadas do Senhor, estar em constantemente comunhão com Cristo, e não somente uma vez por mês, por ano, ou só aos domingos, mas em todos os momentos precisamos preservar íntegro o lugar do Espírito Santo do Senhor em nossos corações. Viver em santidade, porque Ele recomendou: Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá ao Senhor (Hebreus 12.14).
Fazei isso em memória de mim, é guardar a sua Palavra descrita em Marcos 16.15: Ide por todo mundo e pregar o Evangelho a toda criatura.
Paulo ensina a não conhecer a ninguém segundo a carne, nem mesmo a Jesus Cristo (II Coríntios 5.16), isto é, se fizermos cerimônias “em memória” de Jesus de Nazaré, estaremos ainda conhecendo-O por meio de sua carne, descumprindo assim a recomendação apostólica de não conhecer mais a ninguém deste modo.
  Porque qualquer que ainda se alimenta de leite não está experimentado na Palavra da justiça, porque é menino.  Mas o mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem como o mal (Hebreus 5.13, 14).
Por isso, deixando os rudimentos da doutrina de Cristo, prossigamos até à perfeição, não lançando de novo o fundamento do arrependimento de obras mortas  e de fé em Deus (Hebreus 6.1).

Louvai ao Senhor! 

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