quinta-feira, 18 de abril de 2013

ATIRE A PRIMEIRA PEDRA.

O Mestre foi ao monte das Oliveiras, e, pela manhã cedo, voltou para o templo, e todo o povo vinha ter com Ele, e, assentando-se, os ensinava. E os escribas e fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério. E, pondo-a no meio, disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada, no próprio ato, adulterando, e, na lei, nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes?
Isso diziam eles, tentando-o, para que tivessem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia com o dedo na terra. E, como insistissem, perguntando-lhe, endireitou-se e disse-lhes: Aquele que dentre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela.
Quando ouviram isso, saíram um a um, a começar pelos mais velhos até aos últimos; ficaram sós Jesus e a mulher, que estava no meio. E, endireitando-se Jesus e não vendo ninguém mais do que a mulher, disse-lhe: Mulher, onde estão àqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te mulher, e não peques mais (João cap.8).
É majestosa a mensagem do Mestre. Considerem que os escribas e fariseus O abordaram com presunção, amparados pela Lei do Antigo Testamento tentando deixá-Lo em situação embaraçosa. Nascido sob a Lei, com o compromisso de cumprir a Lei (Gálatas 4.4) Ele não poderia confrontar nem tão pouco se conformar com a Lei, porque Ele mesmo é essência do amor.
Porem, revestido de autoridade e sabedoria do ALTO, o Senhor os surpreendeu, e mandou que atirasse a primeira pedra contra a mulher, aquele que estivesse isento de pecado.
É importante observar na grandeza das Palavras do Mestre, o qual mandou que apedrejasse a pecadora, mas destacou: aquele que não tivesse pecado. Aquele que fosse íntegro, santo, purificado, e, não somente os que não possuíssem o pecado de adultério, mas os limpos de coração.
Os escribas e fariseus, religiosos, intransigentes cumpridores da Lei, representantes da sua integridade, poderia ser que não estivessem comprometidos com o pecado de adultério, mas estavam sobrecarregados de outros pecados, porque a Palavra diz que aquele que disser que não tem pecado é mentiroso.
Então os acusadores saíram um a um deixando a mulher só, diante do Mestre, o Único que não conheceu pecado, contudo, Ele não apedrejou a pecadora, mas perdoou-a, porque o Senhor não veio para julgar o mundo, mas veio trazer o arrependimento ao pecador.
Agora vamos trazer a Palavra do Senhor para nós, que muitas vezes julgamos atos pecaminosos dos irmãos por terem praticado o pecado que não cometemos, porem, estamos contaminados por outras injustiças.
E o Senhor admoesta igreja: Não julgueis, para que não sejais julgados, porque com o juízo com que julgardes sereis julgados.
Outra particularidade interessante nesta mensagem é imaginar o quadro de terror vivido pela pecadora, a qual impiedosamente seria apedrejada até a morte, mas diante da presença do Salvador, arrependeu-se dos seus pecados e viu a glória do Pai e a transformação de uma vida de maldição em bênçãos e salvação, pela misericórdia do Senhor.
E os seus algozes, julgando serem justos, os quais interpelaram ao Mestre com arrogância, retornaram cabisbaixos e envergonhados, porque o Senhor declarou que não veio para os justos, mas veio buscar e salvar aquele que estava perdido, porque Ele é a paz, a plenitude, a reconciliação, e em nenhum outro há salvação.
É confortável afirmarmos que já estamos salvos depois de recebermos a Cristo como nosso Único e suficiente Salvador, e sair por aí julgando o próximo, mas precisamos ser cautelosos com isso, porque o Apóstolo Paulo, homem escolhido e ungido por Deus, nos deixou o exemplo de sabedoria e humildade, dizendo:
A mim mui pouco se me dá de ser julgado por vós ou por algum juízo humano; nem eu tampouco a mim mesmo me julgo. Porque em nada me sinto culpado; mas nem por isso me considero justificado, pois quem me julga é o Senhor.
Portanto, nada julgueis, até que o Senhor venha, o qual também trará à luz as coisas ocultas das trevas e manifestará os desígnios dos corações; e, então, cada um receberá de Deus o louvor.
A Palavra exorta: És indesculpável quando julgas, ó homem, quem quer que sejas, porque te condenas a ti mesmo naquilo em que julgas a outro; pois tu, que julgas, fazes o mesmo. E bem sabemos que o juízo de Deus é segundo a verdade sobre os que tais coisas fazem (Romanos 2.1).
Quem és tu que julgas o servo alheio? Mas tu, por que julgas teu irmão? Porque desprezas teu irmão? Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo. De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus. Assim que não nos julguemos mais uns aos outros; antes, seja o vosso propósito não pôr tropeço ou escândalo ao irmão.
E não faleis mal uns dos outros. Quem fala mal de um irmão e julga a seu irmão fala mal da lei e julga a lei; e, se tu julgas a lei, já não és observador da lei, mas juiz. Há só um Legislador e um Juiz, que pode salvar e destruir. Tu, porém, quem és, que julgas a outrem? (Tiago 4.11-12).
É indispensável relembrarmos a referência, pela qual o Senhor perdoou a mulher pecadora, como também a sua recomendação: vai-te mulher, e não peques mais.
A advertência do Senhor não deixa dúvida, a condição para herdarmos a eternidade é o arrependimento, a conversão, o nascer de novo, ser uma nova criatura lavada e remida pelo seu sangue, e não voltar à prática do pecado, porque, se pecarmos voluntariamente, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados.
Disse o Senhor: O justo viverá pela fé; mas, se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele.
Nós, porém, não somos daqueles que se retiram para a perdição, mas daqueles que creem para a conservação da alma (Hebreus 10.26, 38, 39).
Louvai ao Senhor!

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