quarta-feira, 27 de novembro de 2013

SEDE MENINO NA MALICIA,MAS ADULTO NO ENTENDIMENTO ...

Aproximaram-se de Jesus os seus discípulos, perguntando: Quem é, porventura, o maior no Reino dos Céus? E Jesus, chamando uma criança, colocou-a no meio deles, e disse lhes: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como uma criança, de modo algum entrará no Reino dos Céus (Mateus 18.1-3).
A grandeza da sabedoria do Mestre nos ensina que para herdarmos o Reino de Deus, é imprescindível o arrependimento, a conversão, que sejamos dotados de um  coração semelhante ao de uma criança.
Ele exemplificou a pureza da criança, a qual é desprovida, de toda maldade, malícia, lascívia, prostituição, hipocrisia, engano, soberba, avareza, ciúmes, ira, idolatria, heresia, bebedice, glutonarias, vingança, e do vício, porque a criança é livre de todo sentimento faccioso que contamina o homem e o impede de alcançar a salvação.
Porque para herdarmos o Reino do Céu, necessário é nascer de novo, ser uma nova criatura, lavada e remida pelo sangue do nosso Redentor, estar liberto de todas essas coisas, viver em novidade de vida, em espírito de mansidão, bondade, caridade, paz, fé, benignidade, temperança e amor, ter um coração puro como  de  criança.
Mas, a Palavra em I Coríntios 14.20, alerta também para que não sejamos como meninos no entendimento, mas, meninos na malícia e adultos no entendimento, para não nos assemelharmos mais a meninos inconstantes, levados em redor por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que, com astúcia, enganam fraudulosamente os inocentes (Efésios 4.14).
Quando criança, o que igualmente se aplica a nossa vida espiritual, somos naturalmente ingênuos, puros, sinceros e sensíveis ao aprendizado das lições, isso nos leva a crer em tudo que nos ensinam, contudo, em nossa  ingenuidade também podemos ser maliciosos, travessos, mas sem o dolo peculiar do adulto.
E como novos convertidos somos crianças na Palavra, e se há alguma malícia, é desprovida de conhecimento, assim como as crianças, julgamos tudo como se estivéssemos certos, mesmo sem compreensão, mas com o conhecimento da Verdade, concluímos o quanto erramos ao julgarmo-nos sábios em plena  inocência, e sem base sólida para manter nossa posição perecemos, uma vez que precisamos  conhecer bem o que defendemos e acreditamos.
Enquanto meninos, somos passivos de erros, mas chegado o tempo do amadurecimento, não podemos mais agir como meninos, pois, como filhos de Deus lavados no sangue do Cordeiro precisamos crescer em graça e sabedoria, para discernir bem as coisas espirituais. Vejamos:
Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino (I Coríntios 13.11)
E em I Coríntios 2.14-16, relata  a Palavra: Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido.
Porque, quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo.
Mas, o alimento sólido dos filhos de Deus é a Palavra viva, pura e simples, e só com a mente de Cristo estaremos preparados para vencer o mundo. 
Hebreus 5.12-14, diz: Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos torne a ensinar quais sejam os primeiros rudimentos da Palavra de Deus; e vos haveis feito tais que necessitais de leite e não de sólido mantimento.
Porque qualquer que ainda se alimenta de leite não está experimentado na Palavra da justiça, porque é menino. Mas o mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem como o mal.
Mas I Pedro 2.2, faz um relato profundo sobre o leite (a Palavra), vamos meditar: Sejais afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo.
É importante que se entenda a diferença, o nosso primeiro alimento espiritual deve ser forte e nutritivo como o leite é para os pequenos, mas, movido a razão, a lógica, dessa forma vamos crescendo em sabedoria e inteligência espiritual, o que nos dará discernimento para compreender a Palavra de Deus. Sem isso tornamo-nos debilitados espirituais, levados em roda por todo vento de doutrina.
Podemos agora assimilar a diferença em nos alimentar com leite racional não falsificado, (arrependimento, conversão e os primeiros ensinamentos) para que crescendo por ele, possamos estar bem alimentados, com a fé genuína, esse é o alimento sólido que nos capacita a  ter  a mente de Cristo, experimentados na Palavra.
Esses ensinamentos são indispensáveis nos dias de hoje, especialmente quando vemos o grande número de pessoas buscando a conversão, mas sem saber o que isso de fato representa.
O Evangelho e o anúncio da salvação, são as boas novas para todo aquele que crê em Cristo ressurreto como Filho do Altíssimo, é o grande amor do Pai nos reconciliando consigo pela aspersão do sangue do seu próprio Filho.
Mas, lamentavelmente, por desinteresse, preguiça espiritual e ausência de fé, muitos irmãos tem se convertido em defesa a causa própria, uma massa de "cristãos" tem se batizado por crer nos "benefícios" do Evangelho,  como:
Prosperar financeiramente, cura, libertação de vícios, bons empregos, promoção, casamento, entre outros sonhos. E nesse caso, a fé torna-se vã, porque ainda são meninos inconstantes, e se esquecem do propósito principal de Deus, a salvação da vida eterna para o homem que, depois da queda do Éden, estava morto na maldição do pecado, mas o sangue e o sacrifício de Cristo o reconciliou com o Pai.
A conversão sincera virá pela fé em Jesus Cristo, o Filho de Deus,  a condição única para a salvação é  essa; e conversão nada tem a ver com milagres e bênçãos materiais, essas são na verdade conseqüências de uma novidade de vida, da renovação do entendimento, a partir da fé, a vida do discípulo é transformada de glória em glória, de fé em fé, e se confirma a promessa do Senhor. Cura, libertação e bênçãos espirituais, que são dons a cada um por medida da fé, segundo o Espírito Santo Deus.
 Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão (Marcos16.17-18).
Sem perspicácia somos alvos fáceis de falsos mestres, de um Evangelho corrompido, antropocêntrico. Sem cruz e sem entendimento, aceitamos Jesus por conveniência, não por salvação. Enquanto é dia precisamos entender o Evangelho, vivendo a fé racional, sem emoções forçadas, sem influência externa, mas movidos pelo desejo da salvação, essa é a razão da morte de cruz do Messias, para salvar o homem perdido em seus pecados, e levar com Ele para eternidade filhos que andam  em sinceridade, por fé, no caminho da verdade.
 Libertos de toda malícia, e de todo engano, hipocrisia, inveja, e todas as murmurações, desejando afetuosamente, como meninos novamente nascidos (arrependimento e conversão), o leite racional,  isto é a Palavra viva do Evangelho do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, para que, por ele, ou seja na revelação da Palavra pelo Espírito Santo de Deus, possamos crescer no conhecimento da verdade, na fé, esperança,  perseverança da vida eterna,  provando os dons celestiais.   
 O desinteresse pela Palavra deprecia a oração, corrompe a fé , muda o foco da adoração, e nos aprisiona na religiosidade, mas o mais grave, nos torna seres emocionais, movidos a lágrimas e sensações, afastando-nos cada vez mais da Verdade que independe do coração, pois, enganoso é o coração do homem, mais do que todas as coisas, e terrivelmente corrupto; quem o conhecerá? (Jeremias 17.9).
E o Apóstolo Paulo exorta a igreja (I Coríntios 3.1-3), para que crescemos na fé e não andemos como meninos inconstantes. Medite: E eu, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como a meninos em Cristo.
Com leite vos criei e não com manjar, porque ainda não podíeis, nem tampouco ainda agora podeis; porque ainda sois carnais, pois, havendo entre vós inveja, contendas e dissensões, não sois, porventura, carnais e não andais segundo os homens?
Por isso amados, precisamos amadurecer espiritualmente no conhecimento da verdade, ser racional, considerar sob a luz da razão e da fé o que foi escrito, ser como os de Beréia (Atos 17.11) conferindo tudo na Palavra:
Ora, estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim.
O servo de Deus precisa ter fome da Palavra e sede de justiça, desejar afetuosamente a água viva e o pão do Céu acima de todos os propósitos materiais, para que não se deixe enganar pelas sutilezas vãs e diabólicas.
Tudo que foi escrito, para nosso ensino foi escrito:
Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional  (Romanos 12.1).
Novamente, a Palavra assevera sobre vosso culto racional, e isso só é possível se o servo deixar a comodidade de tão somente ouvir a Palavra como criança que ainda depende do leite, e passar a ser praticante e leitor, porque todos são capazes de aprender, e buscar com zelo os melhores dons, e como adulto se nutrir do alimento sólido, e o Senhor vos mostrará um caminho mais excelente.
 O Senhor alerta que: Virá tempo em que não sofrerão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas  (II Timóteo 4.3, 4).
 Observe se não é exatamente isso que está acontecendo hoje. Mas Jesus alertou que, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos se esfriará. Por isso precisamos deixar de ser criança carente do leite racional (os primeiros ensinamentos), porque virão homens dissolutos e por avareza, farão comércio de vós com palavras fingidas (II Pedro 2.3).
Amados em Cristo, a Palavra em Gálatas 4.1-5, assegura que, em todo o tempo em que o herdeiro é meninoem nada difere do servo, ainda que seja senhor de tudo, porque está debaixo de tutores e curadores até ao tempo determinado pelo pai.
Assim também nós, quando éramos meninos, estávamos reduzidos à servidão debaixo dos primeiros rudimentos do mundo; mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos.
Salmos 49.20, diz: O homem que está em honra, e não tem entendimento, é semelhante aos animais, que perecem.
O momento é oportuno para que busquemos o conhecimento da Verdade libertadora, os falsos mestres se levantaram em grande número e estão arrebanhando multidões para o abismo, e não decorremos mais como servos, mas como filhos do Altíssimo, pela fé na magnífica obra redentora do Filho de Deus, esperando com paciência o Grande Dia do Senhor, para que estejamos entre os seus poucos escolhidos.
Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus (Colossenses 3.1).
Louvai ao Senhor!

O SIGNIFICADO DA PALAVRA PAZ...

Ao realizar uma consulta online no dicionário Aurélio, senti muita alegria ao me deparar com a palavra de abertura: PAZ. Uma pequena e simples palavra, mas de inestimável grandeza e valor para todos que a conhecem.
A palavra PAZ: origina-se do latim PACE, e o seu significado é: Ausência de lutas, violências ou perturbações sociais; tranquilidade pública; concórdia, harmonia; ausência de conflitos entre pessoas; bom entendimento; reconciliação; tranquilidade de alma; sossego; pacificação.  Ser de boa índole.
Logo me veio à mente: É isso! É exatamente isso que os habitantes da terra precisam. Se os homens e mulheres deste mundo conseguissem desfrutar, ao menos por um segundo, da verdadeira paz, saberiam que nada e nem ninguém, é capaz de proporcionar a quietude na alma do ser humano, a não ser Jesus Cristo, o Filho do Altíssimo.
Por ocasião da queda do homem pelo pecado no Éden, a abundante paz que havia entre este e o seu Criador foi perdida; a vida foi substituída pela morte, tal como já havia predito Deus à mulher e ao homem a quem amava, antes mesmo que esses viessem a cair da graça.
E uma vez separados de Deus, pois o Santo não habita com o profano; e estando também mortos em seus delitos e pecados, o que poderia ainda trazer esperança aos homens, senão a infinita misericórdia de Deus, que pela promessa da sua justiça, enviou ao mundo o Messias, não para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos (Marcos 10.45).
Cumpriu-se então a promessa registrada no livro do profeta Isaias, que diz: Um menino nos nasceu, um Filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade e Príncipe da Paz (Isaias 9.6). 
Este sim é plenamente capaz de oferecer ao homem a libertação, o consolo e a paz verdadeira. Porque todas as perversidades deste mundo acontecem por uma única razão: Os homens não conhecem a Deus e nem a Jesus Cristo seu filho. Em seus corações não há o temor do Senhor e amor ao próximo, simplesmente a paz de Deus que excede a todo entendimento inexiste.
Todos os que conhecem a Cristo, alimentam-se da Palavra que uma vez ele proferiu: Deixo-vos a paz, a Minha paz vos dou: Não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize (João 14.27).
Jesus Cristo é o príncipe da PAZ, e se esta, nele se origina, é impossível que a mesma seja adquirida sem ele. Não se pode obter paz através do dinheiro, pois não está à venda nas prateleiras dos supermercados e shoppings, ainda que por obstinação, muitos a busquem nesses lugares.
Também não se obtém a paz através dos prazeres da carne, e nem recebendo glórias de homens, pois segundo as escrituras, toda honra e toda glória pertencem unicamente a Jesus Cristo, nosso Senhor.
Para se desfrutar da paz de Cristo, o homem precisa nascer de novo; reconhecer o seu estado inicial e arrepender-se de seus pecados; ser lavado pelo sangue precioso de Jesus, que por todos os homens foi derramado naquela cruz, e assim, ser enxertado na oliveira, que é Cristo, e alimentar-se da seiva que dele vem.
Nos dias de hoje, é comum ouvirmos pessoas cumprimentando umas às outras dizendo: A paz do Senhor Jesus. No entanto, será que todos compreendem a grandeza e a profundidade dessa saudação?
 Vejamos o que Jesus ensinou: Na casa onde entrardes, dizei primeiro: Paz seja nesta casa. E, se ali houver algum filho de paz, repousará sobre ele a vossa paz; e, se não, a paz voltará para vós (Lucas 10.5-6).
Consideremos a diferença entre os filhos da luz e os filhos das trevas; o servo de Deus traz consigo a paz e a mesma repousa sobre aqueles que também são filhos de paz. Já sobre os filhos das trevas, esta paz não encontra repouso, mas volta para o seu lugar de origem.
Observemos que não são as circunstancia ao nosso redor que nos proporcionam a paz, mas é o estado de comunhão com Deus que nos permite desfrutar dela, e nada, além disso.
Paulo destacou: E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus (Filipenses 4.7).
Jesus também enfatizouTenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo (João 16.33).
Cristo tomou para si todas as nossas aflições, tribulações e angústias, senão não teria dito: Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei. Ele levou sobre si as nossas dores, cravou na cruz o pecado do mundo, e nos deu da sua paz, suscitando em nós a esperança, pela promessa de vida eterna.
Ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a PAZ estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados. (Isaias 53.5).
Observem todos para isto! Cristo é a razão da nossa esperança, e por isso há PAZ em nós! Quando conseguimos compreender isto, podemos dizer tal como o salmista: Em paz também me deitarei e dormirei, porque só tu, Senhor, me fazes habitar em segurança (Salmos 4.8).
Não faltam promessas de paz nas escrituras, vejamos a sua Palavra:
Mas os mansos herdarão a terra e se deleitarão na abundância de PAZ (Salmos 37.11).
Muita PAZ têm os que amam a tua lei, e para eles não há tropeço (Salmos 119.165).
E o meu povo habitará em morada de paz, e em moradas bem seguras, e em lugares quietos de descanso (Isaías 32.18).
    Quanto aos ímpios dizem as escrituras: Não conhecem o caminho da PAZ, nem há justiça nos seus passos; fizeram para si veredas tortuosas; todo aquele que anda por elas não tem conhecimento da PAZ (Isaías 59.8).
Amados irmãos, se outrora éramos inimigos de Deus, avaliemos esta verdade: Mas agora em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo, chegastes perto (Efésios 2.13).
E tendo conhecido e experimentado da paz verdadeira que vem de Deus, por intermédio de Jesus Cristo, vale aqui mais uma recomendação:
Segui a PAZ com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor (Hebreus 12.14).
Que o infinito amor de Deus, a Graça e a Paz de Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador, seja com todos os que amam a sua vinda.
Louvai ao Senhor!

PARA QUE A CRUZ DE CRISTO SE NÃO FAÇA VÃ.

O apóstolo Paulo em sua primeira carta aos Coríntios afirmou: “Porque Cristo enviou-me, não para batizar, mas para evangelizar; não em sabedoria de palavras, para que a cruz de Cristo se não faça vã”. I Coríntios 1: 17. 
Como é possível que alguém torne vã a cruz de Cristo?
Há uma frase pronunciada por João, o Batista, que esclarece muito bem, o princípio fundamental a ser seguido por todo aquele que é nascido do Espírito, em seu relacionamento com Deus: O principio da humildade. 
Assim disse João: “É necessário que ele cresça e que eu diminua”. João 3: 30.
É possível perceber nesta afirmação de João, que Deus e o homem possuem naturezas completamente distintas, pois enquanto um cresce o outro diminui; enquanto um é exaltado, o outro é quebrantado, e somente desta forma pode existir um equilíbrio perfeito no relacionamento do homem com Deus.
Mas não é isto que tem ocorrido na maioria das vezes, pois até mesmo muitos que ousam ensinar sobre Deus e sobre o seu filho Jesus Cristo, tomam primeiramente para si a gloria que a Deus pertence, anulando em seu coração, por completo, a obra realizada pelo filho do Altíssimo aqui na terra, tornando vão todo o sacrifício feito por ele.
Tornam vã a cruz de Cristo, aqueles que usam o seu maravilhoso nome em beneficio próprio;
Tornam vã a cruz de Cristo, os que usam de argumentos humanos para convencer pessoas a acreditarem em suas doutrinas;
Anulam a cruz de Cristo, os que julgam necessário, acrescentar às coisas espirituais a sabedoria terrena;
Invalidam o sacrifício de Jesus Cristo, os que acreditam serem capazes de agradar a Deus por meio de seus próprios esforços;
Revogam a doutrina da cruz de Cristo aqueles que tão depressa passam daquele que os chamou à graça de Cristo para outro evangelho; ler Gálatas 1:6.
Amada igreja de Jesus Cristo, há um fermento levedando toda a massa, mas não precisamos nos alimentar dele; 
“E Jesus disse-lhes: Adverti, e acautelai-vos do fermento dos fariseus e saduceus”. Mateus 16:6.                                                                                                                DEUS SEJA LOUVADO;;

AS OBRAS DA CARNE E O FRUTO DO ESPIRITO ...

A Palavra aos Gálatas faz uma detalhada explanação sobre a existência de um fruto imprescindível na vida cristã daquele que é nascido de novo; fruto que nasce naturalmente no ramo do zambujeiro, mas pela graça do nosso Redentor é enxertado e feito participante da seiva da raiz da Oliveira, ao qual chamou de FRUTO DO ESPÍRITO. Mas o mesmo texto descreve  também minuciosamente sobre algo que se opõe de maneira ferrenha e obstinada, a esse fruto; e a isso, chamou Paulo deOBRAS DA CARNE. Vejamos:
Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne, porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne; e estes opõem-se um ao outro; para que não façais o que quereis (Gálatas 5.16, 17).
Porque os que são segundo a carne, inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito, para as coisas do Espírito. Porque a inclinação da carne é morte; é inimizade contra Deus, mas a inclinação do Espírito é vida e paz.  Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus, e, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele  (Romanos 8.5-9).
Portanto amados, procuremos então seguir o raciocínio de Paulo, para então obtermos uma definição mais precisa do que é cada um desses dois oponentes citados na bíblia.
E não é difícil descobrir se estamos andando segundo o Espirito de Deus ou fazendo a vontade da carne, as nossas próprias obras já evidenciam isso, porque as obras da carne, nem de longe se parecem com as obras de quem tem em si mesmo o fruto do Espirito. 
Porque as obras da carne são inimigas do espírito, pois enquanto este anelava por agradar a Deus, seu corpo corruptível militava contra ele para satisfazer a vontade da carne, de tal forma que o servo de Deus, reconhecendo toda a fragilidade do seu corpo, lamentou:  Miserável homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?  (Romanos 7.24).
E a Palavra de Deus nos exorta a vigiar para que o pecado não venha habitar em nós, porque o pecado é próprio da carne, e a carne inclina-se para o pecado, mas o espírito anseia pelas obras do Espírito, então há um conflito constante entre a carne e o espírito. Vamos para a Palavra:   
Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e, com efeito, o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse faço. Ora, se eu faço o que não quero já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim 
Acho  então, que quando quero fazer o bem, o mal está comigo. Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus, mas vejo nos meus membros outra lei que batalha contra a lei do meu entendimento e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros.
Dou graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. Assim que eu mesmo, com o entendimento, sirvo à lei de Deus, mas, com a carne, à lei do pecado (Romanos 7.18-25).
Porque as obras da carne são conhecidas, as quais são: Prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro como já, outrora, vos preveni que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam (Gálatas 5.19).
Mas o Fruto do Espírito é: Amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, caridade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei. E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências. Se vivermos no Espírito, andemos também no Espírito (Gálatas 6.19-25).   
Vemos então que há uma série de obras consideradas carnais, coisas que notamos com frequência ao nosso redor, confirmando mais ainda que não somos do mundo, e que quem ama o mundo, o amor do Pai não está nele, como dizem as escrituras.
Mas em meio a todo este ensinamento o que realmente precisamos entender é que todas estas obras da carne, bem como as manifestações do fruto do Espírito, se dão naturalmente na vida de um ser humano sem que haja mesmo, muito esforço para isso; dependendo tão somente da árvore a que este está ligado e do nível de afinidade  que mantém com ela.
A questão principal é: Sou verdadeiramente um ramo do zambujeiro enxertado a Oliveira, sendo participante da raiz e da ceiva desta árvore para me alimentar? Ou ainda permaneço como zambujeiro, que nunca foi enxertado na oliveira, e por isso, não consigo manifestar o fruto do Espírito Santo?
Jesus disse:  Por seus frutos os conhecereis. Porventura, colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos? (Mateus 7.16).
Amados, se em nossa carne não habita bem algum, como então poderemos confiar nela? O melhor mesmo é morrer para o mundo, crucificando a nossa carne, esvaziando-nos de nós mesmos, a fim de ganharmos a Cristo, em quem, pela fé, sabemos que nossas vidas estão escondidas.  
O homem de Deus exemplifica esse compromisso que precisamos ter com o Senhor, dizendo:  Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim(Gálatas 2.20).  
E a Palavra exorta para que andamos na luz e não tropeçamos nas obras da carne as quais são trevas. Necessário é praticar e viver as obras do Espírito, ser participante do fruto do Espírito, porque fomos chamados à liberdade, e não podemos usar da liberdade para dar ocasião à carne, mas servir uns aos outros pela caridade.
Se vivermos para a carne certamente praticamos as obras que são próprias da carne, fazendo a vontade da carne, isto é viver na prática do pecado que habita na carne. Porque se já morremos com Cristo, cremos que também com Ele viveremos; sabendo que, havendo Cristo ressuscitado dos mortos, morremos para o pecado; mas, vivemos para Deus.
E não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado, mas apresentai-vos a Deus, como instrumentos de justiça.
Mas, agora, libertados do pecado e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação, e por fim a vida eterna. Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus, nosso Senhor (Romanos 6.23).  
                  NÃO HÁ CONDENAÇÃO PARA OS QUE ESTÃO EM CRISTO
Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito. Porque Jesus me livrou da lei do pecado e da morte
Porque  Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, e pelo pecado, condenou o pecado na carne, para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito (Romanos 8.1-3).
    A PALAVRA  NOS ACONSELHA IMITAR A CRISTO
Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima e não nas que são da terra; e quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então, também vós vos manifestareis com Ele em glória.  
Mortificai, pois, os vossos membros que estão sobre a terra: a prostituição, a impureza, o apetite desordenado, a vil concupiscência e a avareza, que é idolatria; pelas quais coisas, vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.  
Andar em amor, como também Cristo nos amou e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave. Porque o fruto da justiça semeia-se na paz, para os que exercitam a paz. E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o Dia da Redenção.
Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados; e andai em amor, como também Cristo vos amou e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave. 
Porque bem sabeis isto que nenhum  impuro,  tem herança no Reino de Cristo e de Deus. E  ninguém vos engane com palavras vãs; porque por essas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.
Porquanto, noutro tempo, éreis trevas, mas, agora, sois luz no Senhor; andai como filhos da luz, porque o fruto do Espírito está em toda bondade, e justiça, e verdade aprovando o que é agradável ao Senhor.
não erreis, Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifaráO que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção, mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna (Gálatas 6.7, 8).   
Louvai ao Senhor

O POVO DE DEUS

Que características poderiam descrever um povo, cujo Deus é o Criador dos céus e da terra? Qual o perfil ideal traçado para um rebanho, cujo pastor é o filho do Deus Altíssimo?
A lógica do raciocínio humano parece estar certíssima em procurar elevar às alturas, aqueles que dizem pertencer a esse tão poderoso Deus, tornando seus nomes engrandecidos em toda a terra.
Porém, como disse o Senhor: “... Os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos”. Isaias 55: 8.
O povo que verdadeiramente conhece o Deus a quem serve, compreende, pela comunhão espiritual com esse Deus, e pela sabedoria do alto que lhe é concedida, que à medida que ele se exalta mais se distancia do seu Deus;
Esse mesmo povo reconhece que quanto mais independente se torna nesta terra, mais fragilizado fica em sua fé, e por isso, não consegue agradar ao Pai.
Um povo assim, em nada pode se equiparar aos homens deste mundo, e muito menos agradá-los, pois, para os que pertencem a este século, o estilo de vida do povo de Deus, lhes parece loucura;
Seu modo de pensar e agir, não atrai o que há de mais valioso para este mundo, como os prazeres da carne e as riquezas materiais que aqui existem; seus valores são completamente contrários aos abraçados pela sociedade atual.
Como conceber um povo que prefere sofrer a injustiça a ter que levar a juízo o seu irmão? Como aceitar que alguém ofereça a face direita àquele que já lhe feriu a esquerda?
Que povo é esse que dá de comer aos seus inimigos quando estes estão carentes de pão e água? Que empresta sem nada esperar em troca; e que responde brandamente àquele que lhe fala com dureza?
Povo que bendiz aos que lhe maldizem; que ama os seus inimigos e ora pelos que lhe perseguem? Povo que ao invés da porta larga prefere a estreita e anela andar pelo caminho apertado?
É esse mesmo o povo do Deus altíssimo, Criador de todas as coisas? São estes os filhos do Grande Rei e Senhor dos Senhores, Jesus Cristo?
Para que alguém compreenda melhor esse povo, é necessário que experimente daquilo que ele tem experimentado; que coma do pão vivo que desceu do céu, o qual dá vida eterna aos homens;
Para alguém entender o caminhar desse povo, é preciso que beba da água da vida, a qual verdadeiramente sacia a sede, porque nele, fará uma fonte de água que salta para a vida eterna;
O Deus a quem esse povo pertence, não é como “o deus deste século, que cega o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus”. II Coríntios 4:4.
O Deus desse povo não é como Satanás, a quem Jesus repreendeu dizendo: “Para trás de mim, Satanás, que me serves de escândalo; porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas só as que são dos homens”. Mateus 16: 23.
Quem dera que todos os homens desta terra, quisessem fazer parte deste bem aventurado povo:
Que agora chora, mas será consolado; MT 5:4.
Que tem fome e sede de justiça, mas que será farto; MT 5:6.
Que é misericordioso, mas alcançará misericórdia; MT 5:7.
Que é limpo de coração, e por isso verá a Deus; MT 5:8.
Que hoje é chamado de pacificador, mas serão chamados de filhos de Deus; MT 5:9.
E aos meus irmãos, que já pela aspersão do sangue de Cristo, estão contados com esse povo, do qual temos falado, cabe aqui ainda dizer: Não importa a velocidade dos ventos, e nem a força da chuva, pois o teu Deus ainda hoje te diz:
“Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus; serei exaltado entre os gentios; serei exaltado sobre a terra”. Salmos 46: 10.
Louvado seja o nosso bom Deus para todo sempre!